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São Paulo

Tarcísio e esquerda se juntam para proibir celulares

A proibição dos celulares é mais um passo que o fascismo dá para manter o monopólio da informação em suas mãos. No entanto, disfarça dizendo que é para o bem da juventude

Celular queimando

A imprensa burguesa noticiou que “O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou nesta quinta-feira (5) a lei que proíbe a utilização de celulares por estudantes em escolas públicas e particulares do estado de São Paulo. A regra vale para todo o ambiente escolar, em aulas, recreios, intervalos e em atividades extracurriculares”.

Completando que “A proibição do uso de celulares e de outros dispositivos eletrônicos com acesso à internet em unidades escolares passa a valer no início do ano letivo de 2025 e contempla toda a educação básica, do infantil ao ensino médio”.

Essa medida extremamente autoritária e repressiva é uma tendência do fascismo internacional, que precisa impedir, ou dificultar ao máximo, que os jovens tenham acesso à informação.

Cinismo

Segundo a Folha de São Paulo, “José Antonio Figueiredo Antiório, presidente do Sieeesp (sindicato das escolas particulares de São Paulo), a sanção da lei é importante e deve ter um impacto positivo na convivência escolar”.

Apenas quem nunca entrou em uma sala de aula pode cair nessa conversa. A educação já vem se deteriorando muito antes do surgimento dos telefones celulares. Quem já deu aula sabe que, como as escolas não têm equipamentos e se pagam aos professores salário de fome. O que resulta em aulas ruins e desinteresse dos alunos.

Qual é o resultado do somatório das condições citadas acima? Os alunos, quando querem, simplesmente não prestam atenção nas aulas. Dormem, conversam, não prestam atenção, montam grupos e ficam batendo papo.

Nesses tempos de criminalização das notícias falsas, fake news, a folha alega que o banimento “tem como base uma série de pesquisas que relacionam o uso dos smartphones a prejuízos à saúde física e mental de crianças e adolescentes, como o aumento da ansiedade, da depressão, da automutilação e do suicídio, bem como a uma piora no aprendizado, mesmo em países com os melhores índices de educação”. É a mesma conversa que utilizaram contra a televisão, contra o rádio e até mesmo contra os livros.

Sim, livros já foram proibidos por serem supostamente “prejudiciais”, é o que a Igreja fazia na Idade Média, por isso criou uma lista de livros proibidos: o Index Librorum Prohibitorum. Dentre os autores proibidos constavam Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Nicolau Maquiavel, René Descartes, Voltaire, Jonathan Swift, Kant, Balzac etc. Como se vê, gente muito perigosa e prejudicial.

Alguém pode dizer que isso foi coisa de séculos atrás, no entanto, neste ano de 2024, em pleno século XXI, o ministro do STF, Flávio Dino, determinou que se retirasse de circulação quatro livros jurídicos. Mas, como todo sabemos, o céu é o limite quando se trata de repressão e censura.

A esquerda se enforca

O pior disso tudo é que a votação para a aprovação dessa lei em São Paulo foi praticamente unânime, o que mostra que a esquerda se aliou com a extrema direita. O que a esquerda tem a ganhar com isso? Mais repressão contra ela mesma.

Trata-se da censura do bem. Vão proibir os celulares nas escolas e a educação vai continuar piorando, pois o Tarcisio, que gosta tanto da Educação, manda a polícia espancar professores para que estes se contentem em dar aulas a troco de misérias. O governador não vai investir nas escolas, pois o dinheiro tem que ir para os bolsos dos banqueiros.

O fascismo precisa da censura

Uma coisa que não falha é a desculpa esfarrapada que repetem a torto e a direito, a de isso é para o nosso bem. O que é completamente falso.

O fascismo precisa esconder seus crimes. Os vídeos de policiais invadindo circulando escolas e agredindo alunos, apontando armas para alunos vão deixar de existir, embora a violência policial só aumente.

Internacionalmente, os fascistas precisam que os alunos não tomem conhecimento dos massacres que ocorrem na Palestina. Não podem saber que os países “democráticos” estão apoiando mercenários com origem na Al Qaeda, aquele grupo que até ontem era motivo da invasão e destruição do Afeganistão.

Sem informação alternativa, os jovens ficarão à mercê apenas das grandes empresas de comunicação, essas que apoiaram ditaduras militares, tortura e que, hoje, apoiam o massacre de crianças e mulheres na Faixa de Gaza.

Falando sozinha, a grande imprensa vai poder continuar mentido sem ser confrontada e desmascarada. Poderá chamar de guerreiro da liberdade um sujeito que até ontem chamava de terrorista e, claro, chamar de terroristas aqueles que lutam contra forças colonialistas, como o sionismo, que utilizam as piores táticas e métodos nazistas contra a população civil palestina.

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