Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), estão visitando até sexta-feira (22) o estado sionista de “Israel”. Foram bem recebidos nesta quinta-feira (21) pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, que considerou os brasileiros “grandes amigos” dos genocidas assassinos do povo palestino, além de criticar a posição do Lula, condenando-o por suas falas “antissemitas” (se referindo a comparação de Lula dos crimes de “Israel” ao nazismo).
“Fiquei feliz em me encontrar hoje com 2 grandes amigos do Estado de Israel, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que representam dezenas de milhões de brasileiros e vieram apoiar Israel”, declarou o ministro em seu perfil no X (ex-Twitter) – afirmou que as declarações “antissemitas” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vão separar as nações.
Israel Katz, o “grande amigo” de Tarcísio e Caiado, é um dos maiores críticos do governo Lula e responsável pelo episódio escatológico de levar o então embaixador brasileiro, Frederico Meyer, ao Museu do Holocausto em “Israel” para uma reprimenda pública diante da imprensa, sendo repudiado pela diplomacia brasileira.
A ida dos governadores, respectivamente, de São Paulo e Goiás representam uma traição ao governo Lula, além do perigoso fato, de que estão visitando o palco da extrema-direita mundial. Onde os sionistas já mataram 32.000 palestinos, sendo a maioria mulheres e crianças. O fato ilustra o que é a extrema-direita brasileira, são sanguinários. O Caiado, foi responsável da União Democrática Ruralista, organização paramilitar que tinha a função de assassinar os trabalhadores rurais. Tarcísio, apresentado pela grande imprensa capitalista como uma ala “moderada” da direita, é responsável pelas recentes chacinas no litoral paulista, além de apoiar explicitamente o maior genocídio do século XXI.
O bolsonarismo é o sionismo e vice-versa, o que os coloca ao lado do que há de pior no mundo. A relação das armas e treinamentos enviados e recebidos pela polícia militar paulista dos “grandes amigos” israelenses, revelam que o país artificial é um laboratória da extrema direita mundial. A ida dos políticos brasileiros a “Israel”, para reforçar os laços da direita brasileira com um regime responsável pela morte de civis desarmados e inocentes, representa uma ameaça grave a população brasileira.
Na mesma semana em que Tarcísio e Caiado vão a “Israel”, o portal UOL, ligado ao jornal Folha de São Paulo, noticiou a decisão da legenda União Brasil de lançar uma “espécie de pré-lançamento informal da candidatura do governador Goiás, Ronaldo Caiado, a presidente da república em 2026”. A situação política, somado a crise internacional do capitalismo, está dando indícios de que a classe trabalhadora brasileira está ameaçada pelo fascismo de tipo israelense, capaz de assassinar deliberadamente milhares de crianças enquanto condena toda uma população à morte pela fome e doenças. O governo Lula e a esquerda em geral deve repudiar as ações ilegítimas dos governadores e lançar uma contraofensiva contra os sionistas, que dão claros sinais de que não exitarão em reproduzir no Brasil o horror que se vê em “Israel”.
Quem defende o regime nazista de “Israel” é inimigo da classe trabalhadora, brasileira e mundial. O combate à extrema direita precisa superar as confusões da esquerda pequeno-burguesa, de querer prender e calar todo mundo. É necessário dar um salto de qualidade e isso passa por defender energicamente a luta do povo palestino, isto é, o Hamas e as outras organizações que estão combatendo o fascismo de armas na mão. Nesse sentido, a defesa da Palestina precisa ser o fio condutor na luta contra os bolsonaristas no Brasil.