No último domingo (15), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que pretende disputar a reeleição em 2026. Embora o anúncio pareça algo normal, visto que é o atual governador do estado, ele acaba sendo importante para jogar um pouco mais de luz sobre o cenário da disputa presidencial de 2026. Afinal, Tarcísio de Freitas é um dos nomes da direita mais cotados para concorrer contra o presidente Lula.
A fala de Tarcísio ocorreu durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band, ao afirmar que seu caminho em 2026 é “continuar em São Paulo”. Na mesma entrevista, o governador ainda fez questão de demonstrar lealdade a seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL):
“Para mim, o Bolsonaro continua sendo um grande ator da direita, e vai ser na eleição de 26, independente de qualquer coisa. E o que nós vamos fazer aqui? Eu vou buscar a reeleição e vou trabalhar para que o estado de São Paulo possa entregar o máximo para esse candidato que representa o campo da centro-direita em 26.”
Na semana passada, ocorreu outro evento significativo acerca das eleições presidenciais de 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), perdeu um processo que o torna em inelegível. Ainda que caiba recurso, o processo pode indicar também que o plano da burguesia para 2026 não envolve nem Caiado, nem Tarcísio.
No mesmo dia do anúncio de Tarcísio, outro político de direita, que, até então, estava esquecido, reapareceu. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o grande responsável pela catástrofe que resultou no alagamento da esmagadora maioria das cidades gaúchas, anunciou que gostaria de ser candidato em 2026.
Por fim, no último sábado (14), ocorreu a prisão de Walter Braga Netto, ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.