A renomada atriz norte-americana Susan Sarandon, de 78 anos, se tornou alvo de uma campanha de perseguição política devido à sua postura crítica à ofensiva de “Israel” contra a Palestina. Em suas declarações mais recentes, Sarandon revelou acreditar que seu futuro em Hollywood está praticamente encerrado, uma vez que seus projetos foram cancelados, contratos rompidos e sua agência de talentos optou por dispensá-la.
Essa situação escancara a crescente repressão promovida pela ditadura sionista contra qualquer voz opositora, até mesmo nos setores mais emblemáticos da cultura imperialista, como a indústria cinematográfica. Sarandon destacou que sua dispensa foi usada como exemplo para alertar outros profissionais de Hollywood sobre o custo de questionar as ações da ditadura sionista.
“Os meus projetos foram cancelados. Fui usada como exemplo do que não fazer se você quiser continuar trabalhando”, afirmou. Ela também relatou que outros colegas sofreram retaliações semelhantes por expressarem opiniões ou até mesmo por ações tão simples quanto curtir publicações nas redes sociais que pedem um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Essa perseguição não se limita a represálias profissionais; trata-se de uma verdadeira cruzada ideológica promovida por “Israel” e seus aliados contra qualquer manifestação de solidariedade ao povo palestino. A ditadura sionista utiliza sua influência internacional para silenciar críticas e intimidar figuras públicas. Sarandon, uma das vozes mais influentes no meio artístico, agora se junta a uma longa lista de pessoas perseguidas por desafiar a propaganda oficial.
A censura em Hollywood não é uma novidade, mas a intensidade das ações contra Sarandon revela uma escalada alarmante. A atriz ressaltou como a indústria cinematográfica, sob pressão da ditadura sionista, se tornou um espaço de repressão política. “Várias pessoas perderam empregos porque tuitaram algo, ou curtiram um tuíte, ou pediram um cessar-fogo”, disse Sarandon, apontando para o clima de medo instaurado entre os profissionais da área.
Essa situação mostra que a chamada política de “cancelamento” é muito mais do que uma questão de correção política ou ética. Na prática, ela serve para blindar os interesses imperialistas e sustentar a opressão colonialista na Palestina. A repressão aos simpatizantes da luta contra o genocídio que aflige o povo palestino, além de ser uma afronta à liberdade de expressão, beneficia exclusivamente a máquina de guerra da ditadura sionista.
Hollywood, como um dos centros de poder cultural global, torna-se um campo estratégico para a ditadura sionista, dedicado ao controle da informação, para moldar a opinião pública mundial sobre o conflito no Oriente Médio, transformando vítimas em algozes e justificando crimes de guerra como legítima defesa. Nesse cenário, personalidades como Sarandon são vistas como ameaças, pois denunciam essa manipulação ao público internacional.
O caso de Susan Sarandon não é isolado. A repressão a qualquer tipo de apoio ao povo palestino é uma política sistemática de “Israel” e seus aliados, especialmente nos Estados Unidos. Sob o pretexto de combater o “antissemitismo”, a ditadura sionista se vale de sua influência política e econômica para criminalizar o ativismo pró-Palestina e silenciar personalidades públicas.
Sarandon, que já foi forçada a pedir desculpas por uma declaração onde comparava a situação de judeus e muçulmanos, reforçou a importância de manter o diálogo sobre a crise humanitária no Oriente Médio. “Foi um erro terrível”, disse ela sobre sua declaração, mas deixou claro que isso não apaga a gravidade do que acontece na Faixa de Gaza.
O que Sarandon enfrenta é um microcosmo do que milhões de palestinos vivem diariamente: uma tentativa de apagamento completo, seja físico, político ou cultural. “Israel” não tolera resistência, e seu aparato de censura estende-se até mesmo às estrelas de Hollywood, utilizando a máquina de propaganda para calar aqueles que ousam criticar seus atos.
O caso de Sarandon expõe os riscos crescentes de uma esquerda que sucumbe à lógica do imperialismo ao permitir que a censura se imponha como prática política. A perseguição a vozes críticas ao regime sionista em Hollywood reflete a tentativa de sufocar a agitação política e a solidariedade internacional com o povo palestino. Se a esquerda adotar ou justificar mecanismos repressivos como resposta, acabará alimentando o mesmo sistema que busca destruir sua capacidade de luta.
Se fosse tão simples derrotar as forças reacionárias quanto Mendes e outros sugerem – apostando na repressão aos “agitadores” – bastaria organizar atos desesperados e isolados. No entanto, a história mostra que a repressão só fortalece os regimes autoritários, ao passo que desarma os trabalhadores e as forças populares.
A resistência à ditadura sionista não será vencida com a aceitação da censura, mas com a mobilização e a organização das massas. O caso de Susan Sarandon não deve ser visto apenas como um ataque a uma atriz famosa, mas como um sinal de alerta sobre a escalada autoritária promovida pela ditadura sionista.
A censura, a perseguição política e a tentativa de silenciar qualquer crítica são ferramentas de dominação que não podem ser normalizadas. Se a esquerda não enfrentar isso de forma contundente, será cúmplice de sua própria destruição.