A invasão de “Israel” no Líbano iniciada em setembro já foi derrotada pelo Hesbolá. O Estado sionista não conseguiu nem sequer tomar controle da região da fronteira Sul. Sua única “conquista” foram os assassinatos de lideranças e bombardeios de cidades, mas isso não garantiu nenhuma vitória militar ou política, pelo contrário. Aumentou o apoio do povo a resistência e agora, os EUA tentam manobrar politicamente, algo impossível sem a vitória militar.
A principal potência imperialista do mundo busca impor sua política por meio do seu agente, israelense de nascença Amos Hochstein. Ele estendeu sua estadia em Beirute, capital libanesa, com a justificativa de mediar o cessar-fogo. Após reuniões com o presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, aliado do Hesbolá, se pronunciou de forma otimista. No entanto, “Israel” segue com exigências que são impossíveis de serem aceitas pelos libaneses.
Enquanto isso, os bombardeios de “Israel” ao sul do Líbano se intensificam. Após uma reunião de duas horas com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, aliado do Hesbolá, Hochstein declarou que “a solução está próxima”.
Os principais entraves do acordo incluem a definição de fronteiras e o direito à autodefesa dos libaneses. Segundo informações vazadas, a proposta atual permitiria que ambas as partes se defendessem apenas em caso de ataque direto. Fontes afirmam que os EUA garantiram que “Israel” seria impedido de realizar ataques preventivos.
Assim o acordo parece uma fraude, o Hesbolá tem como política atacar “Israel” até o fim do genocídio em Gaza. Parar as operações contra “Israel” antes disso seria uma vitória sionista.
Outro tema em discussão é o deslocamento das forças armadas libanesas para bases permanentes no sul do país. Embora o Líbano insista em manter os termos da Resolução 1701, o comandante do Exército Libanês, Joseph Aoun, um lacaio dos EUA, apresentou um plano preliminar de mobilização, destacando a necessidade de apoio logístico e financeiro.
O ex-chefe de inteligência israelense Amos Yadlin afirmou que um acordo pode ser alcançado até o final da semana, enquanto o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, um dos principais líderes da extrema direita, descartou o valor das negociações, chamando o possível acordo de “inútil”. A imprensa israelense revelou que o governo de Benjamin Netaniahu mantém planos de intensificar ataques no sul do Líbano, incluindo alvos em Beirute.
Amos Hochstein afirmou que o ambiente é positivo e que houve avanços. Ele viajará para “Israel” para continuar as negociações e prometeu colaborar com o novo governo dos EUA para manter os esforços de desescalada no Líbano.
Argentina se retira das tropas da ONU
A Argentina decidiu retirar quatro de seus oficiais do grupo de observação da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), segundo Jean-Pierre Lacroix, subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz. A decisão ocorre em meio a crescentes ataques das forças de “Israel” contra os capacetes azuis. Essa é a primeira retirada de um país contribuidor da missão desde sua criação em 1978, que atualmente conta com mais de 9.300 soldados.
De acordo com Andrea Tenenti, porta-voz da missão, bases e tropas da força foram atingidas “numerosas vezes” no último ano, ferindo mais de 20 soldados. O Conselho de Segurança da ONU condenou ataques recentes em outubro e novembro, enfatizando que os capacetes azuis “não devem nunca ser alvo de ataques” e pedindo que todas as partes garantam a segurança dos integrantes da força.
A UNIFIL acusa as forças de “Israel” de ações deliberadas contra suas posições, incluindo sete incidentes semelhantes no sul do Líbano. Embora Benjamin Netaniahu negue que sua ocupação esteja mirando os capacetes azuis, os registros da missão indicam mais de 30 incidentes somente em outubro, causando danos a propriedades e ferimentos.
No entanto, a Argentina, onde existe um dos governos mais sionistas do mundo, está provavelmente seguindo a política dos sionistas, que gostariam que a ONU se retirasse para poder realizar um ataque ainda mais brutal sem preocupações. Milei certamente não se importa com os soldados argentinos no Líbano, é um dos grandes aliados de Netaniahu mundo.
A resistência avança
No dia 19 de novembro, a Hesbolá lançou uma série de ataques importantes contra bases militares e cidades israelenses, coincidindo com a chegada de Hochstein ao Líbano. A organização anunciou uma operação com drones que atingiu a base aérea de Ramat David, ao norte de Haifa, e ataques com foguetes contra as cidades de Safad.
Quiriate Chemona e assentamentos próximos à fronteira. Além disso, um projétil balístico da Hesbolá atingiu a área de Bnei Brak, próximo a Telavive, no dia anterior, causando ferimentos e grandes danos.
A escalada ocorre após mais de 300 ataques israelenses em 48 horas contra o Líbano. Em resposta, a Hesbolá intensificou sua ofensiva, atingindo bases sensíveis como Tel Haim, Stella Maris e a sede da unidade naval Shaietet 13 em Haifa. A Resistência reafirmou que não abrirá mão da soberania libanesa e que o cessar-fogo deve refletir o fracasso de “Israel” em alcançar seus objetivos militares.
O Hesbolá, no quesito militar, e, portanto, político, mantém a supremacia. Os ataques são cada vez mais impactantes, mais certeiros. A ditadura sionista já não consegue se defender, apenas aumenta os massacres de civis no Líbano, mas isso não diminui a gigantesca crise que existe em “Israel”. O Partido de Deus se encaminha para a terceira e mais importante vitória de sua história contra o Estado sionista.