Uma matéria publicada pelo sítio do Catar Al Jazera nesta terça- feira (9) informa que pelo menos 19 pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas em um ataque israelense a uma “zona segura” designada no sul de Gaza, de acordo com autoridades.
O ataque com mísseis aconteceu em um acampamento de tendas na área de al-Mawasi, em Khan Younis, onde os palestinos estavam abrigados, logo de manhã na terça. Os ataques israelenses atingiram áreas onde seus militares haviam direcionado civis em busca de segurança.
No mesmo dia o Gabinete de Imprensa do Governo em Gaza, bem como as autoridades de defesa civil, relataram que pelo menos 40 pessoas foram mortas e mais de 60 ficaram feridas no ataque, com muitas também desaparecidas.
Segundo a Defesa Civil, havia crianças e mulheres entre as vítimas. “Nossas equipes ainda estão trabalhando para encontrar 15 pessoas desaparecidas”, afirmou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, à Agência France-Presse (AFP).
“Várias vítimas continuam sob os escombros, sob a areia e nas estradas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las e resgatá-las, e elas ainda não chegaram aos hospitais”, observou o comunicado do Ministério da Saúde, ao relatar o menor número de mortos.
A mentira mais absurda de todas, inclusive denunciada pelas próprias forças da Resistência Palestina, foi a de que os soldados do Estado fictício de “Israel” disseram que o local atingido seria um centro de comando de Hamas. O grupo armado palestino classificou isso como uma “mentira descarada”.
Segundo Al Jazeera, Al-Mawasi estava apinhada de palestinos dormindo em tendas desde que o exército israelense designou a área costeira como uma “zona segura” durante as invasões terrestres de Khan Younis e da vizinha Rafá. O que configura mais um crime de guerra dos sionistas contra a população palestina.
“As pessoas foram enterradas na areia”, disse uma testemunha identificada como Attaf al-Shaar à agência de notícias The Associated Press. “Elas foram recuperadas como partes de corpos”, relatou Mansour Shouman, da Al Jazeera, acrescentando que “dezenas ainda estão desaparecidas e a defesa civil tem cavado com as próprias mãos para resgatar as pessoas”, concluiu.
Equipes de resgate que buscam sobreviventes disseram ter encontrado crateras de até nove metros de profundidade no acampamento, informou a Al Jazeera Arabic, citando fontes locais. Testemunhas descreveram cenas caóticas na área, com incêndios enquanto aviões de reconhecimento israelenses sobrevoavam o local. Pelo tamanho das crateras podemos ver a fúria desses criminosos contra tendas em um campo de refugiados.
Segundo Al Jazeera, o Ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, disse no X: “Todas as partes têm a obrigação de proteger os civis na guerra. A presença de grupos armados não anula a obrigação de cumprir o direito humanitário internacional. A guerra deve acabar.”
Essa monstruosidade, no entanto, aconteceu em um local considerado “zona segura” e que “Israel” em hipótese alguma deveria atacar. É crime de guerra. Por outro lado, dá para perceber que o imperialismo pouco se importa com quem os sionistas estão matando. A sucessão de crimes de guerra é gigantesca, com mais esse para a extensa lista.
O que vemos é que o imperialismo segue a política de continuidade do extermínio da população em Gaza. Igual a todos os outros massacres que já orquestraram na região. Sendo assim, além de enviar bilhões de dólares e armas para o cometimento desses crimes o imperialismo atua para que “Israel” haja livremente.
