Já falamos bastante aqui neste Diário sobre o incrível caso da transformação do produto comercial Madonna em exemplo de luta progressista. É como transformar um acreditar que o Mac Donald’s virou uma empresa filantrópica.
Aliás, Madonna aparecer como suposta defensora dos oprimidos, aproveitando a moda imperialista atual da ideologia identitária, tem tanto ou menos valor do que as campanhas de caridade feitas pela lanchonete norte-americana. Em ambos os caso, estão vendendo seu produto.
O capitalismo tende a transformar a arte em produto, isso é um fato. Reconhecer esse fato, no entanto, não implica em desprezar todo o tipo de manifestação cultural, mesmo aquela que de alguma maneira foi absorvida pelo capitalismo.
Mas Madonna não é isso. Madonna é e sempre foi um produto comercial. Sua função nunca foi diferente de servir aos propósitos dos monopólios. Por isso ela era a “Garota Materialista” (em tradução livre), aquela que só se importava mesmo com os caras que tinham dinheiro, declamando a rebaixada ideologia neoliberal nos anos 80.
Por isso, agora, que o identitarismo é a última moda dos monopólios imperialistas, a mesma Madonna aparece falando das chamadas minorias.
É pura e tão somente aparência!
Madonna é a superficialidade total: representa o que de mais fútil e artificial o capitalismo em sua fase imperialista pode produzir.
E essa futilidade e superficialidade está expressa em sua arte – se é que podemos chamar assim. Vem ao Brasil, com muito propaganda das empresas mais poderosas do país e financiamento dos bancos, para um grande empreendimento.
A futilidade se apresenta do começo ao fim, no playback da apresentação, nas performances com estética cafona do cultura pop/woke norte-americana.
Não se trata aqui de gosto. Qualquer um é livre para achar um sanduíche do Mac Donald’s melhor do que uma picanha ou um prato de feijoada.




