Em seu primeiro discurso como secretário-geral do Hesbolá, o xeque Naim Qassem enfatizou a força do Partido de Deus para enfrentar as forças militares israelenses e reiterou o apoio contínuo a Gaza.
Qassem afirmou que continuará a política de seu antecessor, Hassan Nasseralá, em todas as áreas, incluindo política, esforços militares, iniciativas sociais e programas culturais.
“Meu mestre, Sua Eminência Saied Hassan Nasseralá (que Alá o abençoe), por 32 anos, você instilou fé, lealdade e resistência nos corações dos jovens, mulheres, idosos e crianças”, disse Qassem sobre o líder martirizado do Hesbolá, assassinado por “Israel” em 27 de setembro.
Qassem também homenageou o líder do Hamas, Iahia Sinuar, morto enquanto lutava contra soldados israelenses invasores em Gaza em 16 de outubro.
“O grande mártir Iahia Sinuar, um ícone de heroísmo e resistência para a Palestina e para os livres do mundo, foi martirizado na luta até seu último suspiro — forte, corajoso, fiel, íntegro, digno e livre”, declarou Qassem.
“Você foi e continuará sendo a bandeira vitoriosa da resistência, amado pelos combatentes, a reserva de esperança, o arauto da vitória e adorado por aqueles que anseiam por uma vida com dignidade”, continuou o novo secretário-geral.
Qassem confirmou que a organização manterá sua estratégia militar estabelecida, adaptando-se aos novos desenvolvimentos, e destacou que, embora os recentes ataques de “Israel” sejam desafiadores, os combatentes do Hesbolá demonstraram sucesso na resposta.
“Continuaremos a implementar o plano de guerra delineado por Saied Nasseralá com a liderança da resistência e permaneceremos no caminho da guerra dentro das diretrizes políticas definidas”, afirmou Qassem.
“Apoiar Gaza é fundamental para enfrentar a ameaça de ‘Israel’ para toda a região através do portal de Gaza, e o povo de Gaza tem o direito de ser apoiado; todos devem estar ao lado deles”, acrescentou.
Qassem reiterou que nossa “resistência existe para enfrentar a ocupação e suas ambições expansionistas e para libertar a terra”.
Respondendo a acusações sobre a influência do Irã, Qassem afirmou que o Hesbolá opera de forma independente e não age em nome de nenhuma agenda externa, focando na defesa e na libertação do Líbano e no apoio aos aliados palestinos.
Ele esclareceu que, embora o Irã forneça apoio, não impõe seus interesses ao Hesbolá e enfrentou seus próprios desafios devido à sua posição sobre a Palestina.
“O Irã nos apoia sem pedir nada em troca, e acolhemos qualquer país árabe ou islâmico disposto a nos apoiar contra ‘Israel’”, declarou Qassem.
Qassem também agradeceu aos aliados, especialmente no Iêmen e no Iraque, e expressou abertura a qualquer nação árabe ou islâmica disposta a se unir à resistência contra “Israel”.
“As capacidades do Hesbolá estão presentes e são adequadas para um campo de batalha prolongado”, declarou o líder do Hesbolá, enfatizando que “os combatentes na linha de frente estão cheios de fé e coragem; são buscadores do martírio, e ninguém pode avançar além deles”.
Qassem afirmou que a “resistência do Hesbolá é lendária” e que “a ocupação reconheceu sua incapacidade diante dos mísseis e drones do Hesbolá, que operam dentro de um programa de campo estudado”.
“O inimigo deve saber que o bombardeio de nossas vilas e cidades não nos fará recuar. A resistência é forte e conseguiu enviar um drone para a sala de Netaniahu”, acrescentou, dizendo:
“Netaniahu sobreviveu desta vez; talvez sua hora ainda não tenha chegado.”
Qassem concluiu dizendo que está certo de que “o Hesbolá sairá desta confrontação mais forte e vitorioso”.