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Guerra no Oriente Médio

Síria e aliados confrontam ofensiva de milícias pró-imperialistas

Ação militar ocorre em resposta a nova ofensiva de grupos como o Hay'at Tahrir al-Sham, Ansar al-Tawhid, o Partido Islâmico do Turquistão e o Exércio Nacional Sírio

Nesta quarta-feira (27), milícias pró-imperialistas atuantes no noroeste da Síria, controlando parte do território da região, desencadearam nova ofensiva contra o Exército Sírio Árabe (as Forças Armadas sírias) em direção a Aleppo. A ofensiva foi respondia com bombardeios por parte das forças sírias e também da Rússia, aliada do governo nacionalista de Bashar al-Assad.

Conforme noticiado pela emissora libanesa Al Mayadeen, os bombardeios aéreos e de mísseis seriam os mais agressivos em anos, e tiveram como alvos linhas de suprimento do Hay’at Tahrir al-Sham (HTS) e do Partido Islâmico do Turquistão, na frente de frentes de Darat Izzah e Qubtan al-Jabal, oeste de Aleppo. Mercenários do HTS e do Ansar al-Tawhid também foram alvos da artilharia síria nas aldeias de Mishik, Qarqur e Khirbat al-Naqous na área da Planície de Ghab, a oeste de Hama, sendo que bombardeios contra o HTS foram realizados igualmente nas cidades de Bara, Deir Sinbal e Maarbalbeit no sul de Idlib.

A emissora também informa que as ações das forças sírias se deram após ter sido detectado movimento das milícias pró-imperialistas na zona rural ocidental de Aleppo, e a tentativa de infiltração em posições das Forças Armadas da Síria.

Face a tais ações militares, nesta quarta-feira (26) as milícias pró-imperialistas lançaram uma operação militar chamada “Operação Dissuasão de Agressão”, no âmbito das Operações de Conquista Aberta, agressão imperialista que ocorrem no noroeste da Síria. Segundo declaração, a ofensiva pró-imperialista tem o objetivo de “quebrar os planos do inimigo ao realizar um ataque preventivo bem calculado em suas posições”.

Conforme já noticiado por este Diário, o apoio do imperialismo ao Hay’at Tahrir al-Sham vem ocorrendo em parte através da Ucrânia, que recentemente forneceu centenas de VANTs (drones) para o HTS, assim como enviou inúmeros especialistas militares para treinar referida milícia na operação dos veículos não tripulados. Em vídeo divulgado em canais de telegram, mercenários do HTS podem ser vistos com braçadeiras com as cores da bandeira da Ucrânia. O objetivo do imperialismo e da Ucrânia é expandir a agressão à Rússia para além dos leste europeu, neste caso em razão do apoio da Federação Russa à luta do povo sírio contra o imperialismo, liderada pelo governo nacionalista de Bashar al-Assad.

Nessa conjuntura, ações militares foram realizadas pelas Forças Armadas da Síria e pela Rússia em outubro, em campanha aérea que teve como alvo locais de treinamento militar e  armazéns do HTS nas províncias de Idlib e Latakia, assim como “um túnel subterrâneo perto da cidade de Benin, na área de Jabal al-Zawiya”, conforme Al Mayadeen.

A citada emissora ainda noticiou que, para além do imperialismo, a Turquia também está impulsionando a ofensiva pró-imperialista contra Aleppo, através de seu apoio ao Partido Islâmico do Turquistão, ao Exército Nacional Sírio (antigo exército livre da Síria) e também ao HTS. Citando fontes locais, Al Mayadeen informa que seria uma tentativa de garantir ganhos no campo militar após o fracasso da Turquia “em obter avanços políticos em suas relações com o governo sírio”. A Turquia teria como objetivo aproveitar esse apoio para pressionar o governo sírio a entrar em novas negociações para normalizar as relações com Ancara.

Até o fechamento desta edição, as ações das milícias pró-imperialistas contra as Forças Armadas da Síria e seus aliados continuam em andamento. Conforme o canal de análise militar Rybar, as milícias pró-imperialistas avançam rapidamente em direção a Aleppo, ocupando vários assentamentos no caminho. Em informações não confirmadas, veiculadas por outros canais de Telegram, a cidade de Kafr Naha, ao norte de Aleppo, e que a rodovia M5, que liga a cidade à capital, Damasco, pelo sul, teria sido cortada pelas milícias pró-imperialistas.

Avaliando a ofensiva, o canal Resistance News Network, que veicula informações denunciando o genocídio na Palestina e em apoio ao Eixo da Resistência, o confronto entre as forças sírias e as milícias pró-imperialistas já teria resultado em grande número de feridos e mortos do HTS, ‘muitos dos quais outrora membros a Al-Qaeda (Frente Nusra) e do Estado Islâmico”.

O Resistance News destacou o caráter pró-imperialistas e pró sionistas de tais grupos armados, informando que “desde o início do Dilúvio de Al-Aqsa, os grupos de oposição sírios intensificaram significativamente os seus ataques, começando pouco antes do início da inundação”, coordenando “com a entidade sionista […] ataques conjuntos a instalações do Exército Sírio”, estando também “envolvidos em conversações com a entidade sionista para desestabilizar o Líbano”, enquanto que “nada fizeram em apoio a Gaza, Líbano e a Palestina, apenas tentando desestabilizar a região enquanto as forças israelenses de ocupação continuam massacrando os Palestinos”.

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