Ministro da Defesa ordenou que tropas israelenses se preparem para permanecer no Monte Hermon durante o inverno.
Ao invadir a Síria após o golpe que derrubou o governo nacionalista de Bashar al-Assad, as forças israelenses de ocupação capturaram o território das Colinas do Golã, que pertenciam à Síria, assim como aldeias e pequenas cidades nos arredores, avançando a menos de 20 km da capital, Damasco.
Um dos locais capturados pelos invasores foi o Monte Hermon, cujo cume atinge 2.800 metros de altura. Localizado em uma cordilheira na fronteira com o Líbano, e com partes de sua encosta situadas nas Colinas do Golã, essa montanha é o ponto mais alto da Síria e possui uma importância estratégica, segundo Efraim Inbar, diretor do Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém (JISS). Ele explica que a posição tem “vista para o Líbano, para a Síria, para Israel”, não havendo substituto.
Na sexta-feira (13), Israel Katz, ministro da Defesa da entidade sionista, emitiu ordem para que as tropas israelenses se preparem para uma ocupação prolongada da montanha, devendo permanecer no local pelo menos durante o inverno. Segundo comunicado do gabinete do ministro, “há uma enorme importância de segurança em mantermos o pico do Monte Hermon”, “devido ao que está acontecendo na Síria”. Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das forças de ocupação, declarou no sábado (14) que a ocupação do Monte Hermon visa “garantir que elementos locais não estejam se movendo em nossa direção”, além de preparar uma “resposta ofensiva e defensiva muito forte”. No domingo (15), Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro de “Israel”, visitou o local e declarou: “Este é um dia histórico nos anais da [Ásia Ocidental]”.
Não é a primeira vez que “Israel” ocupa esse ponto estratégico no território sírio. A primeira ocupação ocorreu em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, e a segunda, em 1973, durante a Guerra do Yom Kippur.
Conforme noticiado pelo órgão de imprensa The Cradle, reproduzindo informações do jornal Al-Akhbar, os invasores sionistas estão destruindo sistematicamente algumas áreas ocupadas, “incluindo encanamentos de água potável em diversas aldeias, com o objetivo de forçar os moradores a fugir”.