Nessa quinta-feira(6), militares israelenses atacaram uma escola no centro de Gaza, matando 40 pessoas, a maioria mulheres e crianças. A escola al-Sardi, que abrigava cerca de seis mil palestinos do campo de Nuseirat, era administrada pela Organização das Nações Unidas(ONU), o que mostra o tamanho da desmoralização do órgão diante dos criminosos militares do Estado sionista, o verdadeiro praticante do terror nesse conflito de sete décadas. O Estado de “Israel” cinicamente alega que os combatentes do Hamas estavam refugiados no prédio. O Hamas, que vem vencendo essa batalha na resistência contra a violência hedionda do Estado sionista, condenou o ataque como um “massacre horrível”.
Os mortos e feridos foram levados para o já sobrecarregado Hospital dos Mártires de al-Aqsa, que fica próximo à cidade de Deir al-Bala. Segundo alguns jornalistas, o ataque ocorreu nas primeiras horas de quinta-feira (6) numa área muito povoada, cheia de palestinos fugindo dos bombardeios em outras partes da cidade.
“Ouvi cinco mísseis atingindo a escola. Saí correndo, e vi o fogo queimando em três salas de aula”, afirmou Maha Issa, que estava na escola no momento do ataque.
“Meu pai foi atingido diretamente pelo míssil, e meu tio e meus dois primos foram martirizados”, disse.
Outra pessoa afirmou: “chega de guerra! Fomos desalojados dezenas de vezes. Mataram nossos filhos enquanto estavam dormindo“.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que 40 pessoas foram mortas, dentre elas 14 crianças e 9 mulheres, com 74 pessoas feridas. O comunicado do exército de ocupação sionista afirmou que foi “um ataque preciso a um complexo do Hamas incorporado a uma escola da UNRWA (agência da ONU para refugiados palestinos) na região de Nuseirat”.
Ainda segundo o comunicado sobre o massacre: “antes do ataque, foram tomadas várias medidas para reduzir o risco de ferir civis sem envolvimento durante o ataque, incluindo a realização de vigilância aérea e informações adicionais de inteligência“.
O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, condenou os ataques e a farsa da justificativa israelense:
“As alegações de que grupos armados podem ter estado dentro do abrigo são chocantes. No entanto, não somos capazes de verificar essas afirmações. Atacar, ter como alvo ou utilizar edifícios da ONU para fins militares é um desrespeito flagrante ao direito humanitário internacional. Os funcionários, as instalações e as operações da ONU devem ser protegidos em todos os momentos. Isso precisa parar, e todos os responsáveis devem ser responsabilizados“.