Uma liderança do Seringal Belmont, localizado em Porto Velho, Rondônia, escapou de uma emboscada em uma região cada vez mais atacada pelos latifundiários. Na última década, a presença de jagunços a mando de fazendeiros tem promovido uma verdadeira perseguição aos moradores e trabalhadores do campo, que lutam por sua sobrevivência e permanência na área.
Os casos de assassinatos arquitetados pelos latifundiários seguem sem punição. Um exemplo é o caso de João Teixeira de Souza, conhecido como João da Van ou Mineiro, assassinado sem que até hoje qualquer ação concreta da Justiça tenha avançado no sentido de responsabilizar os criminosos.
A liderança que sobreviveu à tocaia já havia, há meses, solicitado sua inclusão no programa de Defensores de Direitos Humanos, tendo em vista o histórico de perseguições e o risco à sua vida. Essa liderança ocupa a região desde 2014, onde estabeleceu moradia, plantios e até uma estrada. No entanto, desde então, a área tem sido alvo de ameaças de todo tipo — desde ações de jagunços até interferências judiciais que, frequentemente, beneficiam os latifundiários.