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África

Seguindo exemplo do Níger, Chade enfrenta tropas norte-americanas

Chade e Níger expulsam militares norte-americanos em intensos golpes contra o imperialismo

Na quinta-feira (25), três funcionários do governo norte-americano anunciaram que o governo do Chade forçou os Estados Unidos a retirar a maioria das suas tropas do país africano. Aproximadamente 100 soldados americanos serão expulsos do país pelo governo chadiano. A notícia da retirada de tropas do Chade vem dias após o anúncio de que o governo Biden irá retirar mais de 1.000 militares do Níger.

O governo chadiano pediu que os americanos “interrompessem imediatamente” suas atividades na base militar de N’djamena, capital do país, forçando os EUA a retiraram suas tropas da capital. Apesar da retirada das tropas na base de Ndjamena, poucos militares norte-americanos permaneceram no país atuando em uma força-tarefa regional conjunta. O pedido de retirada dos norte-americanos se deu por conta de um desentendimento entre estes e um general do Chade, após apontar que os EUA não haviam apresentados documentos que justificassem a sua presença militar em N’djamena. Apesar da retirada de tropas do Chade, militares de alto escalão dos EUA enxergam o movimento como passageiro e alegaram que retomar os acordos sobre a presença de tropas no país após as eleições em 6 de maio, o que aponta para a possibilidade de uma intervenção norte-americana nas eleições chadianas.

A virada nas relações Chade-EUA se dá após um aumento das tensões entre o imperialismo e diversos países africanos – como Níger, Burquina Fasso e Mali, que expulsaram as tropas imperialistas francesas de seus territórios após os golpes militares nacionalistas. O governo do Chade é neste momento pressionado pelo país para a retirada total das tropas norte-americanas, com milhares de manifestantes pedindo para a expulsão dos imperialistas do país. Após os EUA alegarem a tentativa de derrubada do governo do Chade por uma aliança de mercenários russos e rebeldes, o governo chadiano começa uma mudança de posição em relação ao imperialismo. Tendo como primeiros passos a retirada das tropas da capital e a aproximação do país africano com os russos. O líder do Chade, general Mahamat Idriss Déby Itno, se encontrou com Putin para “desenvolver laços bilaterais” no início de 2024.

O golpe contra o imperialismo deferido pelo Chade é consagrado dias após o governo do Níger cancelar o acordo de status de força com os norte-americanos e declarar a presença militar dos EUA no território nigerino como ilegal, forçando a retirada de mais de 1.000 tropas imperialistas do país. A decisão do país africano teve como um dos fatores a tentativa dos Estados Unidos de ditar que o Níger não tivesse relações com certos países, entre eles o Irã e a Rússia, disse o porta-voz do governo nigerino.

O Níger, desde o ano passado vem, junto de Burkina Faso e Mali, numa cruzada nacionalista e anti-imperialista. Após a derrubada do governo pró-ocidente e a expulsão dos franceses do território nigerino, o país desfere um grande golpe contra os Estados Unidos. Devido a sua posição geográfica e sua grande reserva de recursos naturais, o Níger era essencial para o projeto de dominação dos EUA na África. Após a saída dos norte-americanos, o governo nigerino toma as duas bases imperialistas que eram mantidas no país, sendo uma delas uma recém construída base de drones, a qual custou 100 milhões de dólares para o império.

Concomitantemente à expulsão dos norte-americanos do Níger, o governo africano recebe militares russos para reforçar suas defesas aéreas com equipamentos e treinar os seus soldados. A China também não fica atrás, estreitando laços econômicos com o Níger após a saída dos franceses.

Segundo analistas norte-americanos, manter a presença dos EUA na África Ocidental e na África Central parece um objetivo cada vez mais impossível. Com o avanço de movimentos nacionalistas e anti-imperialistas em diversos países da região – não apenas por parte dos militares, mas também apoiados massivamente pela população – e a aproximação da Rússia e China, manter a dominação na região se torna uma tarefa cada vez mais cara – econômica e militarmente, em um momento em que o apoio militar do imperialismo a “Israel” e à Ucrânia está consumindo todos os seus recursos.

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