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Oriente Médio

Se matar israelense é ‘odiar judeu’, ‘Israel’ é antissemita

Articulista apresenta ação revolucionária de 7 de outubro de 2023 como se fosse uma expressão de "ódio" contra os judeus

Um ano depois de a ação heroica do Hamas e das forças de resistência exporem ao mundo os crimes do Estado de “Israel”, e os trabalhadores de todos os continentes saírem às ruas exigindo o fim dos bombardeios à Faixa de Gaza, articulistas cínicos continuam a ladainha de que o dia 7 de outubro teria sido uma ação contra os “judeus”. É o que diz a sionista Mariliz Pereira Jorge, em artigo publicado pela Folha de S.Paulo, de título Desculpe por ser judeu.

O texto alega que, “um ano depois que Israel foi atacada pelo grupo terrorista, judeus ao redor do mundo tiveram mais uma demonstração de que estão proibidos de lamentar publicamente pelos seus mortos ou de reivindicar a volta dos reféns, como Ohad, pai de Yulie”. Proibido, ninguém está. Na Palestina Ocupada, por exemplo, onde está estabelecido o Estado artificial e terrorista de “Israel”, os sionistas proibiram os palestinos de rememorar a data conhecida como Nakba (“catástrofe”, em árabe). Em países como a Alemanha e a França, militantes já foram proibidos de sair às ruas com bandeiras palestinas. Em nem um único lugar do mundo, há algum tipo de lei que proíba algum judeu ou algum israelense chorar por seus parentes mortos – o que há é milhares de pessoas presas em todo o mundo por demonstrar sua solidariedade aos mártires de uma guerra que dura mais de sete séculos.

A autora provavelmente dirá que o que impede o lamento não é uma lei, mas sim a crítica que se faz ao Estado de “Israel”. Se é disso que estamos falando, Mariliz Pereira Jorge mereceria o prêmio de cara-de-pau do ano. Afinal, os israelenses estariam incomodados com o fato de que milhões de pessoas no mundo inteiro criticam assassinatos, torturas, estupros e crimes de guerra. Os israelenses não querem ser criticados? Simples: bastava não promoverem um processo de limpeza étnica contra palestinos, libaneses e árabes em geral.

A autora continua, então, com seus argumentos de uma pessoa completamente perturbada, que perdeu qualquer senso de humanidade:

“Na matemática obtusa de quem tem empatia apenas por números a conta não fecha. Se do lado palestino morreram cerca de 40 mil, as famílias dos 1.200 massacrados que chorem em silêncio e não perturbem. Nem por um único dia foi permitido ao povo judeu manifestar seu luto coletivo sem que fosse cobrado o pedágio pelas mortes na Faixa de Gaza. Viu-se absoluta desumanização de pessoas.”

Qual a importância de, em meio a uma guerra que deixou cerca de 200 mil vítimas letais diretas e indiretas, lembrar que, em um dia, o lado dos opressores teve, supostamente, 1.200 baixas? O único sentido disso é tentar esconder o massacre por parte de “Israel”. É apresentar “Israel” não como agressor, mas como vítima. E, portanto, defender os crimes que o sionismo está promovendo.

Mas tudo isso é, ainda, mentiroso. A autora sabe muito bem que as mortes não foram provocadas por pessoas que “odeiam judeus”. A grande parte dos mortos pelos combatentes palestinos eram soldados israelenses ou colonos armados. Eram, portanto, acima de tudo, não “judeus”, mas uma força militar inimiga. Se o exército russo abater um batalhão ucraniano, e nesse batalhão houver negros, o governo de Vladimir Putin vai ser acusada de odiar negros? É algo, obviamente, sem pé nem cabeça.

A maioria dos que não eram soldados, por sua vez, foram mortos pelo próprio Estado de “Israel”. Se alguém odeia judeu, é o próprio governo israelense, que mandou que as forças de ocupação seguissem a Diretriz Aníbal, segundo a qual os militares devem priorizar abater os seus próprios cidadãos, em vez de permitir que eles sejam feitos de refém.

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