A declaração a seguir foi emitida pelo Samidoun Países Baixos em resposta às manifestações genocidas (incluindo “Matar os árabes” e aplausos ao massacre em massa de crianças palestinas em Gaza), furtos de bandeiras palestinas, destruição de propriedades, quebra de janelas e ataques a membros das comunidades árabe e muçulmana por parte de hooligans sionistas, torcedores do “Maccabi Tel Aviv” em Amsterdã, Holanda. Veja também a declaração do Masar Badil: “Não há lugar para o sionismo, racismo e fascismo nas praças e estádios da Europa”.
A isso se seguiu a resposta popular, responsabilizando os hooligans fascistas pelas agressões nas ruas por meio da autodefesa comunitária. Em resposta, as potências imperialistas sublinharam novamente sua total responsabilidade e envolvimento no genocídio em curso na Palestina, enquanto autoridades, desde o notório Geert Wilders, da Holanda, até Ursula von der Leyen e Justin Trudeau, apressaram-se em condenar o povo de Amsterdã por enfrentar hooligans fascistas sionistas nas ruas. O incidente demonstrou mais uma vez que as massas ao redor do mundo, inclusive no coração do núcleo imperial, repudiam o fascismo genocida, o racismo e o sionismo e estão dispostas a agir para defender a si mesmas, suas comunidades e a Palestina contra esses ataques, apesar da dura repressão policial, da criminalização e das ameaças de deportação. Nenhuma repressão forçará o povo a acomodar o racismo sionista e apoiar o genocídio na Palestina.
Ao longo da última semana, hooligans sionistas têm atacado o povo de Amsterdã e causado destruição na cidade e em seus bairros. Pessoas andando nas ruas usando quefiés, motoristas de táxi e aleatoriamente muçulmanos e árabes foram agredidos por esses hooligans. As janelas de casas com bandeiras palestinas foram quebradas e as bandeiras furtadas. A polícia não interveio, a mídia permaneceu em silêncio e o prefeito assistiu enquanto esses hooligans sionistas causavam caos na cidade.
Porém, como é diferente a situação após uma noite em que o povo de Amsterdã — muçulmanos, cristãos e judeus, holandeses, árabes e palestinos — defendeu-se e defendeu sua cidade contra essa violência! A polícia prendeu dezenas de pessoas, a mídia relata de forma sensacionalista com mentiras absurdas, e o prefeito fala de incidentes “antissemitas” muito graves. É como se o mundo estivesse de cabeça para baixo.
Enquanto na Palestina ocupada as potências imperialistas declaram seu apoio ao genocídio israelense e o cumprem com apoio militar, diplomático e econômico, aqui em Amsterdã, as forças dominantes expressam seu apoio aos hooligans sionistas fascistas que atacam nossa cidade e nosso povo. Enquanto na Palestina a resistência palestina é reprimida com sentenças de prisão perpétua, aqui, os defensores de Amsterdã são agredidos e presos pela polícia. Esta é, vale notar, a mesma força policial responsável pela prisão de dezenas de milhares de judeus de Amsterdã durante a Segunda Guerra Mundial.
A reação do povo de Amsterdã aos hooligans fascistas é normal e natural. Primeiro, porque não aceitamos nenhum ataque à nossa cidade e ao nosso povo, e segundo, porque esses ataques são motivados por ódio racial. Está muito claro que os ataques dos hooligans do Maccabi são anti-palestinos, anti-muçulmanos e anti-árabes. Isso também os torna anti-Amsterdã, pois esses grupos são parte essencial de Amsterdã, de nossa cidade, nosso povo e nossa comunidade. Toda esta semana, amsterdamês foram atacados e assediados, e ontem à noite decidiram se defender e não mais dar a outra face.
A autodefesa do povo de Amsterdã contra ataques fascistas é precisamente o que queremos dizer com “Globalizar a Intifada”. Isso faz parte do movimento de boicote para isolar e enfraquecer “Israel”. Assim como lutamos pela exclusão do regime sionista da educação, cultura e esportes, também queremos que sionistas fascistas não encontrem lugar algum onde possam celebrar livremente o genocídio e atacar palestinos, árabes e comunidades inteiras.
A autodefesa do povo de Amsterdã também segue meses de ataques políticos e midiáticos contra palestinos e seus apoiadores, especialmente os ativistas estudantis que lançaram uma intifada estudantil desde maio. Isso inclui a proibição de entrada na Holanda de nosso coordenador europeu, Mohammed Khatib, cuja suspensão exigimos que seja imediatamente levantada.
O povo de Amsterdã declarou ontem à noite que o sionismo não será tolerado aqui. Amsterdã é uma cidade livre de sionismo. E, se ainda não é, faremos que seja. E não, antissionismo não é antissemitismo. Este movimento é formado por pessoas de todas as origens, religiões e etnias. Este movimento é um movimento popular que é contra o genocídio e deseja libertar a Palestina, do rio ao mar. Este movimento não é liderado por uma ou mesmo várias organizações. São as massas de Amsterdã e dos Países Baixos, o chamado “povo holandês comum e trabalhador”, que defendeu a cidade contra hooligans fascistas ontem à noite.
Exigimos a libertação imediata de todos os presos e a retirada de todas as acusações contra eles. Este é o momento de intensificar a luta contra o genocídio e pela libertação da Palestina. Juntos contra o apoio holandês a “Israel” e pelo isolamento total do regime sionista, nos esportes e em todas as outras áreas.
Agora é o momento de derrotar o sionismo na Palestina — e em seu berço, a Europa!
Pelo boicote total à entidade sionista!
Liberdade para todos os prisioneiros da Intifada, de Amsterdã à Palestina!