Recentemente um colunista chamado Rômulo Macedo publicou no portal Maquina de Esportes um texto muito interessante sobre a presença do futebol brasileiro na questão dos produtos e também da transmissão dos jogos fora do Brasil.
Em resumo, ele afirma que o futebol brasileiro enfrenta um grande desafio em termos de visibilidade internacional, especialmente em outros países da América Latina. Apesar de ser o maior campeão mundial, o Campeonato Brasileiro é pouco acompanhado fora do Brasil, mesmo entre nossos vizinhos sul-americanos. As transmissões de jogos foram reduzidas, com a saída dos canais Star+ e ESPN da programação internacional. Até os brasileiros no exterior tem dificuldades para assistir aos jogos.
Além das transmissões, outro problema é a dificuldade em adquirir produtos oficiais dos clubes brasileiros no exterior. Camisas de times populares, como as de Boca Juniors e River Plate, são facilmente encontradas em lojas da América Latina, enquanto as dos clubes brasileiros são raras, exceto a da seleção nacional.
Ele conclui com proposta: “estratégias digitais em outras línguas precisam ser muito bem elaboradas e implementadas, as transmissões de jogos ao vivo devem voltar para as TVs de outros países, produtos oficiais têm que ter distribuições globais para que os fanáticos estrangeiros possam se engajar pelos clubes brasileiros da mesma maneira que já fazem pelos gigantes argentinos. Os grandes clubes do Brasil são marcas globais, com um poder de engajamento incrível e, como tais, devem estar abertos aos mercados latinos”.
Apesar de pensar de forma positiva, a única explicação possível para esse fenômeno é a guerra econômica contra o futebol brasileiro. O futebol do Brasil é uma grande potência, ele tende a se sobrepor a todos os futebois do mundo. O que acontece com a ausência de transmissão do Brasileirão só pode ser explicado pela sabotagem. Por que transmitir em primeiro lugar o campeonato argentino muito menos interessante que o Brasileirão?
A verdade é que os capitalistas que controlam o futebol querem deixar o Brasil isolado para que ele não cresça e se sobreponha ao futebol europeu. Os sauditas estão superando isso com o dinheiro. Mas o Brasil não faz esse tipo de investimento. Assim, o futebol brasileiro é vítima de uma grande guerra econômica que atua de diversas formas.