Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Coluna

Sabotagem, calúnias e a continuidade do terror

Os sionistas criminosos mentem descaradamente para tentar justificar a continuidade do massacre contra civis indefesos na Faixa de Gaza

O Estado sionista e seu governo genocida não param a campanha de calúnias contra o principal grupo da Resistência Palestina, o Hamas, que desde o dia 07 de outubro de 2023, quando realizou a espetacular e vitoriosa operação militar (Dilúvio de al-Aqsa) em território que lhe pertence (usurpado por “Israel”), vem sendo vitimado por uma implacável campanha de mentiras destiladas não somente pela propaganda sionista, como também por todos os meios de comunicação pró-imperialistas ao redor do mundo.

Neste momento agora, quando representantes israelenses e do Hamas discutem uma trégua/cessar-fogo que permita suspender temporariamente (pelo tempo de duração do acordo) os ataques selvagens e brutais do sionismo contra a população indefesa da Faixa de Gaza, mais uma vez os genocidas liderados pelo carniceiro nazista Benjamin Netanyahu, despejam uma montanha de mentiras e inverdades sobre o principal grupo da Resistência Palestina, com o intuito claro de, novamente – da mesma foram como vem fazendo desde o início do massacre – dificultar ou mesmo inviabilizar as tentativas de colocar fim ao genocídio perpetrado contra o povo palestino.

Reunidos em Doha, capital do Catar, as duas partes discutem os termos para um acordo no conflito que já dura quase 15 meses. Com a desfaçatez que lhe é peculiar, o governo israelense acusa o Hamas de “obstruir as conversas” para uma possível trégua na Faixa de Gaza. “Israel”, inclusive, teria chamado de volta os seus negociadores para deliberações, paralisando mais uma vez as tentativas de se chegar a um acordo. Trata-se, obviamente, de mais uma manobra do sionismo para obstaculizar as negociações, uma vez que não há – nunca houve, na verdade – qualquer disposição dos assassinos financiados pelo imperialismo em dar um basta às criminosas operações militares de massacre contra a população civil indefesa de Gaza.

Para que não haja dúvidas sobre a intenção dos sionistas em dar continuidade às incursões militares criminosas, o exército israelense – mesmo com as tratativas em curso – vem realizando ataques contra civis. Há poucos dias, o próprio primeiro-ministro sionista (Netanyahu) disse ao Wall Street Journal “que não havia qualquer possibilidade de Israel acabar com a guerra em Gaza”. 

O último alvo dos nazi-sionistas foram cinco jornalistas que trabalhavam para o Al-Quds Today, um canal de televisão palestino afiliado ao grupo Jihad Islâmica. Eles foram mortos na última quinta-feira, dia 26 de dezembro, depois que o veículo onde trafegavam foi atingido por um míssil que, segundo testemunhas próximas, foi disparado de um avião. Como faz desde o início do massacre, na tentativa de justificar os assassinatos contra civis, o exército israelense divulgou nota afirmando que o alvo era “uma célula do grupo armado”. De acordo com os veículos de comunicação palestinos, os cinco jornalistas faziam reportagens em uma missão humanitária no campo de refugiados de Nuseirat, quando foram atingidos. 

A máquina de propaganda israelense atua no sentido de caluniar e criminalizar o Hamas e os demais grupos da Resistência Palestina, na tentativa de deslegitimar, perante a opinião pública internacional, a heroica luta do povo palestino contra a ocupação ilegal executada pelo regime de opressão colonial sustentado pelo imperialismo mundial. 

Desta forma, o impasse nas atuais negociações de cessar-fogo, que pode conduzir ao fracasso por completo de um possível acordo, é de inteira responsabilidade dos genocidas do enclave militar pró-imperialista do Oriente Próximo, vale dizer, o Estado sionista criminoso de “Israel”.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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