Nesta quinta-feira (28), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em reunião do Conselho de Segurança da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), deu novos detalhes sobre o Oreshnik, novo sistema de míssil hipersônico das forças russas, que foi utilizado em operação militar pela primeira vez em 21 de novembro de 2024, em um ataque à instalação PA Pivdenmash da Ucrânia em Dnipro.
Segundo o mandatário, as ogivas do Oreshnik atingem uma temperatura de 4.000 graus Celsius, o que a torna altamente destrutiva, podendo provocar destruição massiva mesmo não sendo arma de destruição em massa (armas nucleares):
“De acordo com especialistas militares e técnicos, no caso de um lançamento em massa desses mísseis, ou seja, vários Oreshniks lançados em conjunto em um único ataque, o poder desse ataque seria comparável ao uso de armas nucleares”.
Esse alto poder destrutivo faz como que qualquer coisa na zona de explosão seja decomposta em partículas elementares, transformando-a em pó, conforme noticiou a emissora Sputnik, citando o president, que comparou o poder destrutivo da arma com o impacto de um meteorito:
“Tudo no epicentro da explosão é decomposto em frações, partículas elementares, e essencialmente se transforma em pó […] Isto é como um meteorito caindo. Sabemos pela história onde os meteoritos caíram e quais foram as consequências”
Tendo sido projetado para ataques precisos, o Oreshnik também é eficaz contra locais fortificados, tendo em vista que consegue atingir estruturas bem protegidas e profundamente enterradas.
Putin informou que já foi iniciada a produção em série do sistema missilístico, destacando que já há vários prontos para uso e que “em resposta aos atuais ataques com mísseis de longo alcance em território russo, como já foi declarado, responderemos, inclusive possivelmente continuando os testes do Oreshnik em condições de combate“.
O mandatário russo ainda afirmou que o novo sistema “não tem equivalentes no mundo” e que acredita “que nenhum aparecerá tão cedo”.
Falando sobre os armamentos imperialistas, Putin declarou que “o novo sistema americano PrSM (Precision Strike Missile) não é de forma alguma superior aos seus equivalentes russos em termos de características”, destacando ainda a superioridade da capacidade de produção militar russa: “quanto à produção dos sistemas de mísseis relevantes, na Rússia é dez vezes maior do que a produção combinada em todos os países da OTAN, e no ano que vem crescerá em mais 25-30%”.