Na quinta-feira (26), o ministro das Relações Exteriores da Rússia se pronunciou sobre a questão da Síria. Lavrov enfatizou que a Rússia defende a manutenção da Síria como um país independente após a queda do ex-presidente Bashar al-Assad, reiterando que a Rússia mantém contato tanto com a Síria quanto com outros parceiros regionais. “Não se pode permitir a desintegração da Síria”, afirmou ele.
Nesse contexto, o ministro instou “Israel,” que invadiu o território da Síria após a queda de Assad, “a compreender sua responsabilidade nesses esforços coletivos [de estabilização] e a evitar garantir sua segurança às custas dos outros.”
“Não se pode esperar destruir todas as instalações militares em um país vizinho e depois viver em paz e harmonia para sempre. Isso é como semear uma tempestade que inevitavelmente voltará para assombrar aqueles que praticam tais ações”, disse.
Segundo Lavrov, outro aspecto do bem-estar da Síria depende da situação na parte oriental rica em petróleo do país. O ministro denunciou os EUA por “ocuparem ilegalmente uma parte significativa do território, incluindo áreas com grandes campos petrolíferos e terras férteis”, acrescentando que as receitas da exportação desses recursos estão sendo direcionadas para “estruturas separatistas” criadas pelos norte-americanos no país.
Ele também comentou declarações do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que recentemente prometeu “enterrar” as milícias dos curdos na Síria, caso eles não depusessem as armas. “Compreendemos as preocupações legítimas da liderança turca… em relação à segurança ao longo da fronteira”, afirmou Lavrov, acrescentando que os “interesses legítimos de segurança da Turquia devem ser garantidos de maneira que preservem a soberania, a integridade territorial e a unidade da Síria”.
