A Rússia segue investigando as ligações do imperialismo com o atentado na casa de concertos Crocus City Hall, próximo a Moscou, na noite do último dia 22. Segundo a investigação do Comitê russo, existem claros indícios de que os terroristas com estão envolvidos com “nacionalistas” ucranianos.
“Os resultados iniciais da investigação confirmam plenamente a natureza planejada das ações dos terroristas, a preparação cuidadosa e o apoio financeiro dos organizadores do crime. Como resultado do trabalho com terroristas detidos, analisando os dispositivos técnicos deles apreendidos, analisando informações sobre transações financeiras, foram obtidas evidências de sua conexão com nacionalistas ucranianos“, disse o Comitê de Investigação Russo no Telegram.
Ainda segundo os investigadores russos, os agentes receberam quantias significativas de dinheiro e criptomoedas da Ucrânia. “A investigação confirmou dados sobre o recebimento de quantias significativas de dinheiro e criptomoedas da Ucrânia para os autores do ataque terrorista, que foram utilizadas na preparação do crime”, afirma o relatório. Outro suspeito foi detido próximo de Moscou, acusado de participar do esquema de financiamento do ataque.
Uma situação que chamou atenção de lideranças e analistas políticos de todo mundo sobre o caso, foi a pressa dos Estados Unidos e da Ucrânia ao dizerem que não estavam envolvidos com o crime. “É estranho, para dizer o mínimo, que os americanos tenham ousado anunciar uma única narrativa”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Putin, ao canal russo Izvestiya na quarta-feira. “Isso sugere, no mínimo, que eles estão tentando desviar a atenção de alguma coisa”, acrescentou.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também comentou sobre a estranha insistência de Washington na narrativa do ISIS-K. Os EUA são obviamente tendenciosos e tentam “tirar a Ucrânia do perigo”, disse ela na quarta-feira (27). Se Quieve fosse verdadeiramente inocente, os EUA teriam apelado a uma investigação completa, argumentou Zakharova. Em vez disso, tanto a Casa Branca como o Departamento de Estado anunciaram simplesmente que “a Ucrânia não tem nada a ver com isto”.
A agência de notícias Reuters divulgou que o Estado Islâmico teria reivindicado a autoria do atentado na casa de concerto. O grupo dos quais os autores fariam parte é o afiliado do Estado Islâmico no Afeganistão, chamado Estado Islâmico da Província de Khorasan, ou ISIS-K, fundado em 2015. Após a expulsão do imperialismo no Talibã, o ISIS tem travado várias batalhas contra os combatentes da resistência no Afeganistão.
Em matéria publicada pelo portal de notícias The Cradle no final de março de 2022, é afirmado que pelo menos 87 ex-membros do ISIS foram alegadamente transferidos para a fronteira sírio-turca em 26 de março, sob a supervisão direta do líder do grupo armado Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammad al-Julani, para a Ucrânia para lutar contra as tropas russas.
Durante a Análise Internacional ao comentar o caso do atentado na Rússia, o comandante Robinson Farinazzo relembrou o ataque também reivindicado pelo ISIS no Irã durante uma procissão em memória do major-general Qassem Suleimani, um reverenciado comandante iraniano foi morto em um ataque de VANT americano em 2020, matando 84 civis iranianos.
Já o último ataque, ocorrido em Moscou, matou 143 civis, incluindo mulheres e crianças, e deixou mais de 200 pessoas feridas. Esse tipo de ação é claramente um desespero dos inimigos de Putin, ainda mais depois da vitória acachapante do mesmo nas eleições presidenciais russas. O presidente russo prometeu retaliação aos mandantes do atentado.





