Durante uma coletiva de imprensa à margem da Cúpula do Leste Asiático, em resposta a uma pergunta, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, alertou que qualquer ataque israelense às instalações do Irã seria uma “provocação muito séria”.
A Rússia segue as avaliações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que, segundo Lavrov, não mostram evidências de que o Irã esteja tentando transformar seu programa nuclear pacífico em um militar. A AIEA, que monitora de perto o programa nuclear do Irã, “não vê indícios de que o Irã tenha começado a converter o programa nuclear em uma opção militar“, afirmou.
Ele disse: “desde que Israel lançou sua invasão terrestre no Líbano na noite de 1º de outubro, não houve uma única palavra de condenação por parte do governo dos EUA sobre este ato de agressão contra um estado soberano“, acrescentando que “dessa forma, Washington está, na verdade, encorajando seu aliado no Oriente Médio a continuar expandindo a zona de guerra”.
Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que: a expansão da guerra na região levaria ao “colapso da infraestrutura civil e a centenas de milhares de pessoas perdendo seus empregos e suas casas”. E seguiu: “portanto, eu não quero nem pensar na expansão geográfica adicional, pois as consequências de tudo isso seriam catastróficas para toda a região”.
Concluiu: “infelizmente, a geografia do conflito ainda está se expandindo. É notável que a frente libanesa agora tenha sido incorporada”.