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Programa Marxismo

Rui Pimenta explica as relações entre identitarismo e sionismo

Transmissão foi feita pelo canal do Partido da Causa Operária

Nesta quinta-feira (25), foi ao ar, no canal do Partido da Causa Operária, o programa Marxismo. Nesta edição, Rui Costa Pimenta, presidente do PCO  debateu o tema “Identitarismo e sionismo”.

Apesar de ser uma política defendida por setores que se dizem de esquerda, o “identitarismo” foi caracterizado por Pimenta como uma política do imperialismo,

“Eu acho que é uma política do imperialismo, que joga uma isca para a esquerda. Quer dizer, é a política pseudodemocrática do imperialismo. A burguesia sempre atua com duas políticas; a política de força, ditadura e tem a política democrática. O identitarismo é a política “democrática” do imperialismo. A matriz desta política é o sionismo, que é muito mais antigo que o identitarismo”.

Ao decorrer da análise, o presidente do Partido da Causa Operária traz comparações entre as duas correntes do imperialismo.

“O sionismo se apoia no martírio dos judeus, em primeiro lugar, com a ascensão do nazismo depois de 1935, com a perseguição e o assassinato em massa de judeus na Alemanha nazista. Se olharmos o identitarismo, é a mesma coisa: o sofrimento do negro, o sofrimento da mulher… todo mundo sofreu. Em segundo lugar, é a utilização da culpa como recurso político. Por exemplo, para fazer com que a política de ocupação da Palestina fosse bem recebida, começaram a falar que a humanidade teve culpa pelo que os nazistas fizeram com os judeus. Terceira característica que é muito marcante é o ‘direito mitológico’”.

Rui também comentou sobre a questão do ‘”direito mitológico”, um conceito muito semelhante ao que os identitários utilizam para defender sua política em relação aos índios no Brasil. Ao ser questionado sobre a existência de um ‘identitarismo operário’, o presidente do PCO afirmou ser uma bobagem, afinal, o objetivo do movimento operário é agrupar todos os grupos que podem lutar contra o capitalismo.

Antissemitismo 

Desde o início da Operação Dilúvio al-Aqsa no dia 7 de outubro, o sionismo vem atuando de forma intensa no Brasil. Com a matança indiscriminada dos palestinos, ultrapassando 25 mil mortos, a utilização do termo “antissemitismo” passou a ser utilizada constantemente no Brasil como forma de os apoiadores de “Israel” caluniarem seus adversários. Rui denuncia ser uma tentativa “calhorda”, “canalha” de intimidar quem tem senso crítico.

“É uma acusação calhorda, criminosa. Não são os judeus que estão sendo perseguidos. Não vamos substituir a matança de milhares e milhares na Faixa de Gaza de maneira brutal e cruel, na sua maioria crianças, pela perseguição que os judeus sofreram na Rússia em 1890, ou pela perseguição pela Alemanha. É uma grande farsa.”

Existe um povo judeu?

Seria antissemitismo não acreditar em povo judeu? Segundo Rui Costa Pimenta, não.

“Se é antissemitismo, nós teríamos que culpar uma boa parte de judeus que afirmam que não existe, o judaísmo é uma religião. O que manteve o ‘povo judeu’ foi a religião”

Assista na íntegra ao programa Marxismo, com Rui Costa Pimenta.

 

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