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Presidente do PCO

Rui Pimenta: defender a Palestina ou adotar a política da ONU

Na última edição da Análise Política da Semana, Rui Costa Pimenta falou sobre a luta em defesa da Palestina no Brasil, sobre o problema da liberdade de expressão e mais

Nesse sábado (16), foi ao ar mais uma edição da Análise Política da Semana. Apresentado por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), o programa é o mais tradicional de toda a esquerda brasileira, se propondo a analisar, de um ponto de vista marxista, os principais acontecimentos da semana que passou.

Nesta última edição, Pimenta iniciou sua exposição, como já é tradicional, falando sobre o problema da liberdade de expressão, direito fundamental que está sofrendo duros ataques não só no Brasil, como em todo o mundo. Nesse âmbito, Pimenta discutiu o caso de Allan dos Santos:

“O governo brasileiro passou um vexame nos EUA quando pediu a extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. A vergonha foi que o imperialismo colonial pode dar lição de moral ao governo brasileiro. Eles afirmaram que não reconhecem crime de opinião e, portanto, por essa base não poderiam extraditar o blogueiro bolsonarista. Falaram que poderiam considerar se houvesse algum crime real”, afirmou Pimenta

Com base neste caso, ele discutiu a característica fundamental do crime de opinião: é uma política de ditaduras:

“Proibir a expressão política é uma ditadura. Um lado da sociedade proibindo o outro de falar. A diplomacia brasileira, que é controlada pelo PSDB, criou esse vexame.

O caso é bom, pois coloca no mundo real as teses da esquerda pequeno burguesa. Eles criaram a tese estapafúrdia que falar é um crime. Já nos EUA, apesar do identitarismo, a tradição de defesa dos direitos democráticos é mais forte que no Brasil. O Brasil assim fica marcado internacionalmente como um país onde existe o crime de opinião.”

Ainda sobre a liberdade de expressão, o presidente do PCO reforçou a denúncia de que o canal de cortes da Causa Operária TV foi permanentemente desmonetizado pelo YouTube sem nenhuma explicação concreta.

“Todo um canal ligado a rede do PCO foi desmonetizado permanentemente, o canal de cortes. O capitalista que é dono do YouTube decidiu que não podemos fazer das organizações que estão lutando contra a monstruosidade sionista na Faixa de Gaza. Minha conclusão é que ele acha que tem que deixar matar os palestinos. Nessa brincadeira perdemos 200 membros do canal. Isso mostra que mais cedo ou mais tarde, dependendo da marcha da situação política, uma guerra entre os EUA e a China, por exemplo, você falará em arroz Chop Suey e será censurado. A desmonetização é uma tentativa de tirar você do ar”, afirmou.

Ele acrescentou à denúncia, informando que o programa Plantão Palestina, transmitido diariamente pela COTV, é quase sempre desmonetizado, já que se trata de um programa que defende a Palestina e a luta do povo palestino e que, por conta disso, vai na contramão dos interesses do imperialismo.

“O nosso programa Plantão Palestina, que vai ao ar de segunda a sexta, quase todos os dias é desmonetizado. E a tendência é que piore com a PL das “Fake News”. Mas a questão é o que falamos da Palestina que é falso? Nada. O que falamos do STF e da eleição que é falso? Nada. Nunca falaram o que era mentira. Mesmo assim nos censuraram.”

Dentro do bloco sobre a liberdade de expressão, Rui Costa Pimenta informou aos telespectadores que a campanha de arrecadação relativa ao processo que João Dória fez contra o Diário Causa Operária foi vitoriosa. Ele ressaltou que, com o fechamento desta campanha, o Partido entrará em uma nova etapa de luta em defesa da Palestina.

Adiante, Pimenta comentou as calúnias que o jornal O Dia, do Rio de Janeiro, lançou contra o PCO. O veículo de imprensa burguês não só publicou um artigo em seu sítio mentindo sobre o Partido, como também reservou uma matéria de duas páginas e um espaço na capa de sua edição impressa. Uma tentativa, fundamentalmente, de jogar a polícia contra o PCO.

“Nos deparamos com uma matéria do jornal O Dia do Rio de Janeiro. Ela diz assim: ‘PCO faz propaganda de terrorismo, apoia Hamas e estimula discurso de ódio contra judeus’. Será que o Alexandre de Moraes vai censurar? Eles falam que divulgamos material antissemita e de apoio ao Hamas. Apoiar o Hamas não é crime. Agora de onde ele tirou que temos política antissemita? Isso é uma calúnia pura e simples. Ele então comenta que Ismail Hanié, que encontramos no Catar, segundo o Departamento de Estado dos EUA, é um terrorista. O Departamento de Estado dos EUA apoia o envio de armas para matar crianças. A opinião deles não vale um tostão furado.

Falam que atacamos o Estado de ‘Israel’ e abrimos espaço para o discurso de ódio. Eles acham que um comentário nas redes sociais é nossa responsabilidade. Se alguém comenta contra os judeus na minha rede social, o que eu tenho a ver com isso? A matéria ainda apresenta várias calúnias.

Cadê a patrulha das ‘fake news’? Isso aqui é um esgoto informativo. É um jornal de grande circulação. Isso mostra a farsa. O único resultado da campanha das ‘fake news’ será impedir a esquerda de falar. Os defensores do assassinato de crianças não são impedidos de falar. Nós não somos a favor de impedir eles de falar. Mas vamos abrir um processo e entrar com direito de resposta.”

Chegando ao final do programa, Pimenta fez uma grande explicação do motivo pelo qual o movimento em defesa da Palestina ser tão fraco no Brasil. Algo que fica ainda mais perceptível quando levamos em consideração a mobilização em países como a Inglaterra, os Estados Unidos e outros.

“Nos EUA, há uma parcela da juventude que defende o fim do Estado de ‘Israel’ e defende a resistência armada. Esse é o setor que está fazendo o barulho nos EUA. No Brasil, um grande setor da esquerda é contra a resistência. Eles ainda falam que nós somos loucos por defender a resistência armada. Tentaram nos impedir de levar as bandeiras do Hamas no ato. Tentaram nos acusar de antissemitismo. Como você fará campanha em defesa da Palestina se, ao mesmo tempo, está ecoando a campanha de Netaniahu, de André Lajst, na Conib? Como defender a Palestina se acusam o partido que mais defende a Palestina de antissemitismo?

O problema é o seguinte. Ou você defende a luta dos palestinos contra o genocídio, ou a sua política é a mesma da ONU. Uma política de conversa afiada, de palavras vazias. Chegam a falar em ‘reação desproporcional do Netaniahu’. Quando escuto isso preciso me controlar para não engasgar. O que isso significa? Mata, mas não mata tanto. É algo nojento. ‘Israel’ não tem o direito de matar um único civil palestino. De bombardear a casa das pessoas, bombardear os bairros. É algo criminoso.

Quando começou a guerra na Ucrânia, os russos se esforçaram para não bombardear as áreas civis. Focaram nos militares. Era evidente o esforço dos russos de evitar o ataque a civis. A imprensa burguesa fazia um carnaval afirmando que alvos civis eram bombardeados. Depois ficou provada que era tudo mentira. O Netaniahu destruiu praticamente todos os hospitais da Faixa de Gaza, mais de 20, e ainda vem falar em reação desproporcional. Ou seja, a capitulação da esquerda é gigantesca. 

E qual o pecado original dessa capitulação? O dia 7 de outubro. Os israelenses foram pegos por uma operação brilhante do Hamas. Atacaram os dispositivos militares no entorno da Faixa de Gaza. Você tem o direito de fazer isso? Com certeza. Então o Netaniahu veio a público e falou que os ‘terroristas’ do Hamas mataram bebês, atacaram civis, estupraram mulheres, etc. E qual a prova disso? A palavra do Netaniahu.”

Esses são apenas alguns dos destaques do programa desse sábado. Não deixe de assisti-lo na íntegra por meio do link abaixo:

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