“É inacreditável esse tipo de política vampiresca que é a privatização”, afirmou o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, em sua participação mais recente no programa Análise da 3ª, transmitido ao vivo pela Rádio Causa Operária. Pimenta começou o programa tratando da queda de energia elétrica massiva em São Paulo, novamente por conta das chuvas. Segundo ele, “ninguém está disposto a modificar a política de privatizações”. O dirigente trotskista destacou que Lula prometeu não fazer novas, “mas as que estão aí deveriam ficar”.
O presidente do PCO passou, então, a comentar a possibilidade de o Ministro Ricardo Lewandowski substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça. “Eu acho que não é uma indicação muito boa”. Para Pimenta, embora o ex-ministro do STF fosse uma indicação melhor que a de Flávio Dino, “Lula precisaria ter no Ministério da Justiça uma pessoa mais ativa num sentido democrático. Eu não vejo que o Lewandowski vá cumprir essa função efetivamente”.
A primeira pergunta feita pelo público no programa foi sobre o Papa Francisco. Foi perguntado ao presidente do PCO como ele poderia contribuir no processo revolucionário.
“Não existe isso de Papa de esquerda. A Igreja Católica é uma agência do imperialismo internacional e da extrema direita. Inclusive, o Papa Francisco foi colocado no Vaticano para melhorar a imagem da Igreja através de uma política mais sensata e mais flexível. Nós temos que lembrar que esse homem colaborou com a ditadura militar argentina. Então, acho que nós não devemos fantasiar né as coisas em relação ao Papa, ele é o comandante ou principal executivo de uma organização que está profundamente ligada ao imperialismo mundial”.
Entre as principais polêmicas discutidas pelo presidente do PCO, está as acusações do jornal O Globo de a presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, ser “antissemita”. A acusação de antissemitismo, segundo Pimenta, “se tornou um espantalho”, pois quando se chama alguém de “antissemita”, a pessoa “estaria querendo jogar os judeus no no campo de concentração, na câmara de gás no, forno crematório”. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Segundo o presidente do PCO, uma pessoa pode ser bastante radical em um determinado tipo de nacionalismo xenófobo, contra várias nacionalidades, inclusive os judeus e não querer jogar ninguém no campo de concentração”. “Eles querem dizer o seguinte: se você é antissionista, você é antissemita porque, na lógica do raciocínio deles, antissionista significa que você não quer que exista o Estado judeu e, se não se você não quer que exista o Estado judeu, então você seria antissemita, o que é uma bobagem”.
Esses foram apenas alguns dos temas discutidos em quase duas horas de programa. Para ficar por dentro de tudo, assista ao Análise da 3ª na íntegra: