A imprensa burguesa tentou criar a história de que as chuvas do Rio Grande do Sul foram apenas resultado de um problema climático, quando, na verdade, foram resultado de uma política criminosa imposta pela burguesia, tanto pelo governador, Eduardo Leite, como pelos prefeitos. As consequências dessas enchentes serão sentidas por muito tempo pelos gaúchos, que deverão vivenciar, dentre outras coisas, o aumento de moradores de rua.
Poucos dias antes das chuvas devastarem o Rio Grande do Sul, um caso específico deixou claro como o neoliberalismo tucano é uma chaga muito maior que qualquer evento da natureza. Um grande incêndio atingiu um lugar chamado “Pousada Garoa”, que servia de abrigo para moradores de rua, deixando 10 mortos e cinco feridos.
Não dá para culpar a natureza pelo incêndio criminoso. A política tocada pela direita no Rio Grande do Sul foi responsável pelas péssimas condições do abrigo, que sucumbiu ao incêndio.
Além disso, após as chuvas, duas unidades do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) foram fechadas, restando apenas uma aberta. Ou seja, a situação do morador de rua piorou drasticamente, e, com os efeitos pós-chuvas, a tendência é que essa população aumente ainda mais.
Não se pode pôr a culpa de tudo apenas na natureza, ou na má vontade de “São Pedro”, como tenta propor a imprensa burguesa. O da população é a política neoliberal imposta contra ela.