Oriente Médio

Resistência ataca base dos EUA na Jordânia e mata 3 soldados

Uma base militar dos EUA perto da tríplice fronteira com Síria e Iraque foi bombardeada por um drone, além dos mortos mais de 25 ficaram feridos

No dia 28 de janeiro, uma base dos EUA na Jordânia, próximo à fronteira do Iraque e da Síria, foi atacada por um drone suicida. O ataque teve um grande impacto, assassinando 3 soldados e ferindo mais de 25. O Comando Central do exército dos EUA publicou uma nota: “três membros do serviço militar dos EUA foram mortos e 25 ficaram feridos em um ataque com um Sistema Aéreo não Tripulado de sentido único que atingiu uma base no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria”. O presidente dos EUA, por sua vez, afirmou: “tivemos uma noite difícil ontem no Oriente Médio. Perdemos três almas corajosas em um ataque a uma de nossas bases”.

O ataque ainda não foi assumido por nenhuma organização da resistência. No mesmo dia, a resistência no Iraque, centralizada pelas Forças de Mobilização Popular, atacou seis bases militares tanto no Iraque quanto na Síria. No entanto, a resistência não assumiu o ataque anterior. Um fator importante é que até o momento a Jordânia ainda não entrou no atual confronto militar iniciado no dia 7 de outubro com a operação Dilúvio de al-Aqsa. Além da Palestina e de “Israel”, os países envolvidos são o Líbano, a Síria, o Iraque, o Iêmen, o Irã e o Paquistão. A Jordânia, que é um preposto norte-americano na região, estava intacta até então (é preciso destacar que o país não foi de fato atacado, mas sim uma base norte-americana em seu território).

As fontes do jornal libanês Al Mayadeen afirmaram que ‘o ataque com drones teve como alvo a Base de al-Tanf no triângulo fronteiriço sírio-jordaniano-iraquiano, resultando em baixas entre as forças dos EUA dentro da base ilegítima. E também que os drones conseguiram contornar um sistema avançado de defesa aérea e penetraram na Base de al-Tanf.’ Elas observaram que esse ataque ocorreu um dia após os ataques à base de Conoco ao norte de Deir Ezzor, que resultaram em ferimentos de três soldados. Isso demonstra que o ataque foi feito por uma força com alta tecnologia. Ao mesmo tempo, as fontes do Al Mayadeen são ligadas aos grupos da resistência, o que não é tão impressionante dado que os EUA foram o alvo.

O ataque surpresa à Jordânia pode ter acontecido também por outros grupos da resistência como o governo do Iêmen, o Ansar Alá, também chamados de Hutis pela imprensa burguesa. Eles, agora que estão em guerra formal com os EUA, consideram todas as bases militares norte-americanas como alvos. Os seus drones já alcançaram o sul do Estado de “Israel” o que indica que eles pode ter atingido a própria Jordânia. No entanto, a Arábia Saudita tem interceptado esses drones, o que torna o ataque mais difícil, pois o país teria de ser completamente atravessado pela aeronave.

O mais importante é que o ataque surpresa coloca os EUA em alerta total. Há bases militares suas em quase todos os países do Oriente Médio, de forma que o ataque na Jordânia mostra que nenhuma delas está segura. Se continuarem os ataques ao país, isto pode significar uma nova etapa da escalada da guerra no Oriente Médio. Uma escalada decorrente da atuação do imperialismo no final de 2023 e primeiros dias de 2024, quando os EUA assassinaram um comandante da resistência no Iraque e começaram a bombardear o Iêmen. “Israel” por sua vez assassinou comandantes do Hesbolá e o dirigente do Hamas, Salé al-Arouri.

Após o ataque na Jordânia, o presidente Biden, em um comício eleitoral na Carolina do Sul, pediu um momento de silêncio e acrescentou: “e nós responderemos”. O Secretário de Defesa Lloyd Austin expressou também repudio ao ataque e prometeu que o mesmo “não ficaria sem resposta”. Resta saber o que mais o imperialismo fará no Oriente Médio. Quanto mais os EUA tentam tomar iniciativa mais eles se afundam, agora um novo país pode adentrar o confronto.

Por fim, é preciso destacar a posição da Jordânia. O país é possivelmente o que possui a maior crise política em toda região. É uma monarquia ultra reacionará que tem como população milhões de palestinos refugiados. Onde quase todas as sextas-feiras o povo sai às ruas declarando apoio ao Hamas e gritando que apoia as brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas. É um governo que, se tomar qualquer atitude de defesa do imperialismo e do sionismo, pode ser facilmente derrubado.

Agora é preciso esperar ou a reação do imperialismo, ou novas ações da resistência. Fato é que a situação tanto de “Israel” quanto da presença dos EUA no Oriente Médio só piora. A resistência persegue essa fraqueza e avança a passos largos.

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