Seguindo uma trajetória de apoio à política de austeridade exigida pela burguesia, em oposição à política social prometida pelo governo Lula, como já inúmeras vezes denunciado por este Diário , Fernando Haddad reafirmou o seu compromisso com os banqueiros em um encontro com representantes da Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN) na última sexta-feira (14).
No encontro, que reuniu os presidentes dos maiores bancos privados do país, Haddad teria reafirmado o seu apoio e compromisso com as metas de ajuste fiscal requeridas pela burguesia.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, declarou seu apoio institucional ao ministro da fazenda:
“Nós saímos convencidos desse encontro de que o ministro Fernando Haddad está determinado a buscar o equilíbrio das contas públicas, mas também saímos convencidos de uma disposição firme que ele tem para fazer o diálogo dentro do próprio governo, para expandir esse diálogo para o Congresso Nacional, que é um Poder fundamental nessa equação de busca do equilíbrio fiscal, e também na interlocução que ele tem feito com o empresariado”, afirmou.
“Nós aproveitamos a oportunidade, considerando também as circunstâncias e os últimos acontecimentos, de ruídos e tensionamentos sobre as discussões a respeito do cumprimento das metas fiscais e do arcabouço fiscal, para reafirmar o apoio institucional do setor bancário ao ministro”, continuou Sidney.
Não ao ajuste fiscal, é preciso romper com a política da frente ampla
O governo está neste momento refém das suas próprias alianças políticas que impedem o desenvolvimento de uma política econômica e social populares.
Lula foi eleito para melhorar a vida do povo, mas, até o momento, não conseguiu colocar a sua política em ação e está completamente paralisado pela frequente sabotagem da direita que como podemos ver pelas declarações do presidente da Febraban, que está conseguindo controlar a política econômica do governo e tem no atual ministro da Fazenda basicamente um aliado.
É preciso romper com os compromissos feitos com a direita, que estão emparedando cada vez mais o governo com a política neoliberal, e chamar o povo a ir às ruas para pressionar por uma política social e econômica popular para a qual Lula foi eleito para colocar em prática.