Nesta quarta-feira (25), o Ministério da Defesa turco anunciou que ações militares do Exército Nacional Sírio (SNA) resultaram na eliminação de 20 mercenários curdos na Síria e um no Iraque. As ações foram realizadas contra as Forças Democráticas Sírias (SDF), organização curda através da qual os EUA mantêm o controle do nordeste da Síria, rico em petróleo.
Comentando sobre a ofensiva do SNA, Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, declarou no mesmo dia que “os militantes curdos na Síria devem depor suas armas ou ser enterrados em território sírio com suas armas”, acrescentando que “nós confrontaremos todas as organizações terroristas que estão tentando explorar as circunstâncias na Síria”.
O SNA foi uma das principais forças na ofensiva golpista, liderada pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que derrubou o governo de Bashar al-Assad no início de dezembro. As SDF, por sua vez, além de serem um preposto dos EUA na Síria, também possuem ligações com o Partido Trabalhista do Curdistão (PKK), através das Unidades de Proteção Popular (YPG), principal força armada da SDF e braço armado do PKK.
O citado partido é considerado uma organização terrorista pela Turquia, em razão de insurreição desencadeada contra o Estado turco na década 1980 e ainda em andamento.
Em que pese o golpe contra al-Assad tenha sido uma derrota para o Eixo da Resistência e a luta do povo palestino, as ações da Turquia contra os curdos apoiados pelos EUA evidenciam a dificuldade do imperialismo em estabilizar politicamente a Síria em prol dos interesses imperialistas e sionistas na região.