Às 15h do próximo domingo, 2 de junho, acontecerá mais um ato no Recife pelo fim do genocídio do povo palestino. Convocado pelo Comitê de Solidariedade Palestina-Pernambuco, a manifestação irá se concentrar no Marco Zero, localizado no Bairro do Recife (Recife Antigo).
“A manifestação foi marcada na última terça-feira, a poucos dias do ato”, destacou Victor Assis, militante do Partido da Causa Operária na capital pernambucana. “As entidades que compõem o Comitê concordaram que, diante dos massacres na cidade de Rafá, que já deixaram mais de 80 mortos, incluindo crianças desmembradas e pessoas queimadas vivas, era necessário sair com urgência às ruas”.
Essa será a primeira manifestação desde o ato de 15 de maio, data que marcou os 76 anos da Nakba, a catástrofe palestina. Naquele dia, o Comitê organizou um ato em apoio ao povo palestino e aos povos que lutam por sua libertação contra o sionismo e o imperialismo, a exemplo do Iêmen, que vem bravamente impedindo que navios israelenses naveguem pelo Mar Vermelho e pelo Mar Mediterrâneo.
Inda que tenha sido um ato importante, que contou com a presença do historiador Sayid Marcos Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (IBRASPAL), a manifestação não pode chegar a seu destino devido a um bloqueio policial. Conforme admitido pelos próprios agentes, o bloqueio tinha como objetivo impedir que a passeata se aproximasse do Consulado dos Estados Unidos, o que configurou uma violação da liberdade de manifestação e da liberdade de locomoção dos manifestantes.
O coordenador do Centro Cultural Islâmico Imam Sadeq, Eduardo Santana, é uma das pessoas que está convocando a manifestação. Em declaração a este Diário, Santana “convida a todos os seres humanos que lutam por liberdade e justiça, pela igualdade, pela autodeterminação dos povos, a juntarem-se a nós em solidariedade ao povo palestino e contra o genocídio que está sendo imposto a esse povo pela entidade sionista autointitulada ‘Israel’. Aqueles que acreditam na Verdade, aqueles que acreditam em um mundo melhor, com certeza estarão conosco. Insha’Allah a Palestina estará livre do Rio ao Mar em breve”. O mesmo chamado foi feito pelo estudante Eduardo da Veiga, que destacou a necessidade de “estar nas ruas conscientizando a população e chamando a atenção da sociedade civil para o holocausto que acontece na Palestina”.
Integrante do Comitê desde sua origem, André Frej, descendente de palestinos, afirmou que, “na medida em que o Estado terrorista de ‘Israel’ intensifica seus planos de implementar a solução final no caso da questão palestina, e isso se evidencia nesses mais de oito meses de massacre e carnificina na Faixa de Gaza, e somando-se a isso o recente episódio do massacre das tendas, onde tivemos crianças, pessoas idosas, mulheres, idosos, martirizados, crianças decapitadas, numa ação premeditada por esse ente sionista, a gente entende que, mais que nunca, é preciso intensificar a pressão internacional. É preciso que a população mundial saia às ruas, como aqui em Recife estaremos denunciado cada vez mais os crimes cometidos pelo Estado terrorista de ‘Israel’. Então, a gente convoca a população do Recife, a gente convoca as pessoas com sentimento de humanidade, de solidariedade, para estarmos construindo esta unidade em torno da causa palestina que encerra ao fim e ao cabo todas as causa humanitárias”.
Conforme destacado por Marcelo Gomes, militante do Coletivo João Cândido, “neste momento em que o Estado sionista intensifica suas atividades, queimando crianças e mulheres, intensificando o pesadelo do povo palestino, é dever de toda a esquerda ir às ruas no próximo domingo”.