História da Palestina

Rachel Corrie: culpada por não deixar ‘Israel’ destruir casas palestinas

Ativista norte-americana esmagada por uma escavadeira militar israelense em Gaza, demonstrou que não há negociação possível com 'Israel'

O brutal assassinato de Rachel Corrie, jovem ativista americana de apenas 23 anos que foi esmagada por uma escavadeira militar israelense em Gaza, completou 21 anos no último mês de março, mas continua lembrando a total impossibilidade de se enfrentar a ditadura sionista por métodos pacíficos, sendo também um exemplo flagrante da impunidade da ocupação sionista. A Corte Distrital de Haifa, por exemplo, julgou que a norte-americana foi a responsável por sua própria morte, uma conclusão que desconsidera a monstruosidade das ações militares israelenses e suas consequências devastadoras sobre os civis palestinos.

Em março de 2003, Rachel Corrie estava atuando como escudo humano na Faixa de Gaza para impedir a demolição de uma casa palestina. Munida de um colete laranja e um megafone, ela tentava proteger uma residência e seus habitantes da destruição iminente. Completamente indiferentes ao fato de que havia uma pessoa à frente do equipamento, os militares sionistas seguiram com a máquina para a demolição do imóvel, atropelando-a e evidenciando a brutalidade da ocupação sionista pelos direitos humanos e vidas palestinas.

A família de Rachel Corrie entrou com um processo civil contra o Estado de “Israel” em 2005, buscando responsabilizar as autoridades israelenses pela morte de Corrie e exigir uma investigação adequada do incidente. O veredicto do caso de Rachel Corrie foi proferido em 28 de agosto de 2012, com a seguinte consideração do juiz responsável, Oded Gershon:

“Eu tenho certeza de que o operador da escavadeira não teria continuado se visse a Rachel Corrie. Este foi um acidente lamentável. Ela não se moveu quando o monte de terra se aproximava dela e, portanto, causou sua própria morte.”

Este julgamento demonstra a natureza criminosa e psicopata da ocupação militar israelense, que, desde o início do século passado, no começo da invasão sionista, tem se dedicado a atividades do gênero, uma política que se acentuou após a legalização do Estado sionista em 1948 e que desde então, tem sido a norma nos territórios palestinos. Uma política sistemática de demolições de residências palestinas, que segundo dados da Human Rights Watch, entre 2000 e 2004, derrubou pelo menos 2.500 casas foram destruídas.

Em resposta à decisão, a família de Rachel Corrie anunciou sua intenção de recorrer da sentença. Sarah Corrie, irmã da ativista, declarou que “não há dúvida de que minha irmã foi vista pelo motorista da escavadeira enquanto ele se aproximava dela”. Ela expressou a esperança de que, algum dia, o militar responsável tenha a coragem de enfrentar a verdade sobre o que realmente aconteceu.

O caso de Rachel Corrie, mesmo após duas décadas, serve como um lembrete da política de destruição sistemática e impiedosa das Forças Armadas de “Israel” contra os palestinos. A decisão judicial, ao isentar os militares de responsabilidade e atribuí-la à vítima, apenas reforça a impunidade que acompanha os crimes cometidos sob a égide da ocupação sionista.

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