Previous slide
Next slide

Editorial

Querem cortar R$50 bi do povo e R$0 dos bancos

Cedendo claramente à pressão da direita, ministros do governo, eleito para ampliar os gastos sociais, estão tramando contra o povo, preparam um pacote com cortes bilionários

As eleições municipais terminam apenas no dia 27, com a realização do segundo turno, mas os mesmos partidos e grupos que comandam a política e a economia nacional já debatem publicamente um verdadeiro estelionato contra o povo brasileiro. Depois de irem à TV, rádios e redes sociais dizendo que a vida do povo ia melhorar, caso recebessem seus votos, já articulam nos bastidores um novo e brutal corte de gastos públicos, que pode chegar a R$50 bilhões e atingir em cheio os já cambaleantes setores da Saúde e da Educação, dentre outros.

Pior ainda, anuncia-se uma revisão geral dos gastos, sob o comando da direita, que se fortaleceu nas eleições deste ano, conquistando a maioria esmagadora das prefeituras.

De forma exultante, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), defendeu, no último dia 15, que é o momento adequado para uma “reavaliação dos gastos estruturais”.

Segundo a ministra neoliberal, “quando a gente fala de revisão de gastos, a gente tem que lembrar que nós não estamos falando de fiscal. O fiscal é consequência. Nós vamos ter espaço fiscal, isso vai ajudar a cumprir as metas. Nós vamos cumprir a meta de 24, nós vamos cumprir a meta de 25 e nós vamos cumprir a meta fiscal de 26. Mas, quando nós falamos de revisão de gastos, o nosso ministério é muito mais amplo do que isso. Nós estamos falando da qualidade do gasto público”.

Essas declarações em “economês” somam-se a muitas outras em que se explicitam que seriam necessários pesados cortes nas áreas sociais já citadas, bem como no seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadorias etc.

Sua afirmação se somou às do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já está em plena campanha pelos cortes. Ele disse que, na sua opinião, não há alternativa a não ser limitar gastos essenciais, como os destinados ao salário mínimo, à saúde, à educação e ao BPC. A equipe liderada por Haddad trabalha em um pacote de revisão de gastos mirando um corte de R$30 bilhões a R$50 bilhões em despesas, a ser apresentado a Lula e ao Congresso Nacional após o segundo turno das eleições.

De acordo com Haddad, “a saúde e a educação cresceram mais que a receita”, e “sua” solução é a mesma que vem sendo adotada há décadas pelos governos neoliberais de FHC, no Brasil, e Milei, na Argentina: cortar os gastos sociais para não ter que tocar nos ganhos bilionários dos bancos e especuladores que parasitam o Estado.

Os ministros da área econômica, cujo pupilo indicado por Lula para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo, vem votando junto com o bolsonarista e atual presidente do Banco Central (BC), Campos Neto, a favor da alta de juros, querem garantir centenas de bilhões para os banqueiros, tirando de quem não tem para dar a quem vive num “mar de dinheiro”.

Cedendo claramente à pressão da direita, os ministros do governo Lula, eleito para ampliar os gastos sociais, estão tramando contra os trabalhadores, preparando um pacote com bilionários cortes nos gastos com o povo, num momento em que a situação internacional aponta para um agravamento geral da crise em todo o mundo.

Estamos diante da completa submissão da área econômica do governo às exigências do mercado financeiro, capitulando diante da pressão da burguesia e dos especuladores internacionais. Uma rendição completa ao neoliberalismo que, se mantida, vai levar o governo Lula a um retumbante fracasso e a um retrocesso ainda maior da esquerda parlamentar.

Os trabalhadores e a juventude, a esquerda e todas as suas organizações precisam rejeitar essa política, denunciar o estelionato e exigir medidas que façam com que os bancos e especuladores – e não o povo – paguem pela crise que eles criaram e impulsionam, como verdadeiros abutres.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.