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HISTÓRIA DA PALESTINA

Quem é Naif Hawatmeh, fundador da FDLP

A Frente é uma organização nacionalista de esquerda, que se reivindica socialista

Naif Hawatmeh, fundador da Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), uma das organizações que participa da atual resistência armada contra o Estado de “Israel”, nasceu em 17 de novembro de 1938 em Salt, na Jordânia. Desde a década de 1950, ele é um organizador e participante da luta armada na Jordânia, Líbano, Iraque, Iêmen do Sul e Palestina, tornando-se, em 1969, o secretário-geral permanente da FDLP, por ele fundada.

A Frente é uma organização nacionalista de esquerda, que se reivindica socialista. Ele tem relações próximas com o governo de Assad, na Síria, e de Vladimir Putin, na Rússia. Hawatmeh é originário de um clã árabe cristão remontando aos Ghassanides, espalhado entre a Jordânia, Palestina e Síria. Ele não é muçulmano, mas católico melquita.

Em 1954, ele estudou medicina no Cairo e se juntou ao Movimento Nacionalista Árabe, onde representou a ala esquerda do partido. Ele foi obrigado a interromper seus estudos devido a problemas financeiros, retornando à Jordânia em 1956, onde se tornou professor em uma escola católica e também liderou atividades revolucionárias. Ele foi condenado à morte pelo governo jordaniano, refugiando-se em 1958 no Líbano antes de se exilar no Iraque, onde liderou por cinco anos a filial local do MNA. Após a queda de Abdul Karim Qasim, ele partiu para lutar contra os britânicos no Iêmen do Sul de 1963 a 1967.

Em 1959, quando o MNA começou a ser perseguido pelas autoridades jordanianas, ele entrou na clandestinidade, passando secretamente por Damasco até Tripoli, no norte do Líbano, numa época em que o presidente libanês Camille Chamoun era um capacho do imperialismo norte-americano e um anti-comunista. Por isso, Naif Hawatmeh apoiou as forças antigovernamentais durante a crise libanesa de 1958 e foi um dos organizadores da Frente Nacional, que contava com a participação do ex-primeiro-ministro libanês Rachid Karame e seu partido, o MNA, e o Partido Baath. A guerra civil que eclodiu no Líbano em 1958 levou a uma mudança de governo e à retirada das tropas norte-americanas do país.

De 1963 a 1967, liderando o MNA no Iêmen, Hawatmeh lutou durante a guerra no Iêmen do Sul, defendendo o movimento independentista do país e a revolução de 14 de outubro, na luta contra o imperialismo britânico — suas concepções estão no livro A crise da revolução do Iêmen do Sul. Em 1967, ele retornou à Jordânia após receber anistia e fundou, com Georges Habache e Ahmed Jibril, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). No entanto, houve uma cisão na organização e ele fundou, em 1969, a FDLP.

Em setembro de 1970, o governo jordaniano decidiu expulsar as organizações palestinas do país, o que resultou em dez meses de confrontos militares entre militantes palestinos e o exército jordaniano, no chamado “Setembro Negro”. Um comunicado oficial especial indicou que Naif Hawatmeh deveria ser capturado “morto ou vivo”.

Ele ficou levemente ferido em 21 de fevereiro de 2013 em Damasco durante a explosão de um carro-bomba perto de seus escritórios, como parte da guerra civil síria. O atentado não visava a ele, mas sim o quartel-general vizinho do Partido Baath. Ele reside exilado na Síria, onde o FDLP recebe algum apoio do regime Assad. Ele também viaja regularmente para a Rússia, onde realiza reuniões na Duma Estatal e no Conselho da Federação, na administração do presidente da Federação Russa, no Ministério das Relações Exteriores russo, no Instituto de Estudos Orientais, e mais.

Em 2023, o FDLP, sob a liderança de Hawatmeh, se juntou ao ataque do Hamas contra “Israel” em 2023, atacando os sionistas com sua ala paramilitar, as Brigadas da Resistência Nacional. O FDLP reconheceu seu envolvimento na operação no jornal de seu partido, Al-Hourriah, em 8 de outubro. Hawatmeh defende uma democracia eleitoral e um Estado laico moderno.

Além de Naif Hawatmeh, outros líderes proeminentes da FDLP ao longo dos anos incluíram Yasser Abd Rabbo, Saleh Zeidan e Talal Naji. Esses líderes desempenharam papéis importantes na formulação da estratégia e da política da organização, bem como na coordenação de suas operações militares e diplomáticas.

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