Após duas vitórias da Seleção Brasileira com a participação de destaque de jogadores que atuam no Brasil, a esperança em Dorival começou a crescer. Ao mesmo tempo, cresce um fervor popular, muito positivo, por jogadores que atuam no Brasil. Até mesmo Lula falou de fortalecer o futebol dos clubes brasileiros na Seleção. Nessa conjuntura começam os ataques a Dorival Jr., o técnico da Seleção.
O jornal ligado a rede Record, R7, publicou um artigo e uma pesquisa afirmando que os brasileiros querem o técnico estrangeiro, supostamente Guardiola, do Manchester City. O texto afirma que: “os brasileiros chegaram a uma conclusão: para a Seleção Brasileira voltar a ser respeitada e empolgante, o técnico precisa ser estrangeiro, preferencialmente europeu e, de preferência, o espanhol Pep Guardiola”. A colocação acontece estranhamente após as vitórias, mesmo que não tão empolgantes, de Dorival Jr.
A pesquisa afirma que 54% dos entrevistados concordam com a fala de Lula, que defende a convocação de jogadores do Campeonato Brasileiro, argumentando que não há grandes craques brasileiros no exterior atualmente. Ou seja, a tendência não é de futebol europeu. Mas ainda assim o jornal tenta empurrar que os brasileiros querem o gringo.
Ele afirma que 27% citaram espontaneamente seu nome de Guardiola como a melhor escolha para a Copa do Mundo de 2026. Já Abel Ferreira, um português que atua no Brasil, aparece em segundo lugar na preferência, com 19%. Ou seja, uma minoria apoia estrangeiros, e dentre esses muitos apoiam um estrangeiro que vive no Brasil.
A pesquisa indica que Dorival não tem aprovação, com 62% dos entrevistados insatisfeitos com seu desempenho. Dorival em parte não consegue aplicar o futebol arte do Brasil a Seleção. Mas, ao mesmo tempo, é preciso deixar claro que a maior culpa para a crise da Seleção é a CBF, que atua sob a intervenção da Crefisa, um banco inimigo do futebol brasileiro.
Discutir o técnico em si já é um diversionismo ao debate crucial, a sabotagem do futebol, tanto da CBF quanto dos capitalistas europeus do esporte. O principal seria diminuir o poder dos capitalistas sobre o futebol, ou seja, aumentar o poder das torcidas.