Previous slide
Next slide

Política nacional

PT assina manifesto contra pressão por corte de gastos

Há divergências dentro do próprio PT sobre o teor do manifesto

O Partido dos Trabalhadores (PT) assinou um manifesto em parceria com movimentos sociais e outros partidos para criticar a pressão exercida pelo mercado financeiro e setores da imprensa em prol de cortes no orçamento federal. O documento, que também conta com assinaturas de partidos como PDT, PSOL e PCdoB, denuncia tentativas de implementar cortes em áreas essenciais, como saúde, educação e programas sociais.

O manifesto afirma que “o poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na imprensa agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal” e alerta para a perda de direitos, como o reajuste do salário-mínimo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego, caso o governo ceda às pressões. Os signatários classificam essa pressão como uma tentativa de impor sacrifícios à classe trabalhadora em meio ao que consideram uma recuperação dos fundamentos econômicos após as políticas do governo anterior.

Reação de dirigentes

Entre os apoiadores do manifesto estão entidades de longa data do PT, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também se manifestou sobre o tema nas redes sociais, criticando editoriais que, segundo ela, tentam “impor ao governo o sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores, da saúde e da educação”. Hoffmann destacou que a postura do partido está alinhada ao projeto eleito para “reconstruir o país”.

Há divergências dentro do próprio PT sobre o teor do manifesto. O deputado Emídio de Souza (PT-SP) expressou preocupação com a repercussão do documento, alegando que o PT, sendo parte do governo, deveria evitar qualquer sinal de confronto aberto nas políticas discutidas internamente. Emídio afirmou que o partido pode debater as políticas do governo, mas “sem criar um clima de confrontação”.

Ministros do governo

O manifesto recebeu apoio de ministros ligados a áreas que seriam diretamente afetadas pelos cortes discutidos, como Luiz Marinho (Trabalho), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Camilo Santana (Educação) e Carlos Lupi (Previdência Social). Marinho, por outro lado, manifestou oposição a possíveis mudanças em direitos trabalhistas, como o seguro-desemprego e o abono salarial, enquanto Wellington Dias descartou qualquer possibilidade de corte no BPC e no Bolsa Família.

Segundo a imprensa burguesa, os ministros envolvidos têm mantido reuniões com o presidente Lula para debater alternativas ao corte de gastos, reafirmando a importância de preservar investimentos em áreas que afetam diretamente a qualidade de vida dos brasileiros. A próxima rodada de discussões sobre o orçamento deve ocorrer esta semana, com a participação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Ministério da Fazenda

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem alegado uma suposta crise na situação fiscal do País. Ele defende que a situação fiscal exige uma reavaliação das despesas para garantir a sustentabilidade das contas públicas e, endossando a política do mercado financeiro e da burguesia, afirmou compreender a inquietação e ressaltou que as despesas precisam se ajustar ao “arcabouço fiscal” estabelecido pelo governo para garantir a estabilidade a médio e longo prazo.

Haddad, no entanto, não confirmou quais áreas específicas poderiam sofrer ajustes.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.