O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) acionou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à instituição imperialista Organização dos Estados Americanos (OEA), contra o governo de Ricardo Nunes (MDB). Mais especificamente, contra sua decisão de suspender o serviço de aborto legal no Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha.
As vereadoras da chamada “Bancada Feminista”, do PSOL, afirmaram à CIDH que a decisão do prefeito paulistano “limita o acesso ao aborto legal em toda a região Sudeste e sobrecarrega os já poucos serviços remanescentes”. Contra isso, as parlamentares pedem à organização imperialista que “intervenha e exorte o Brasil, em especial o município de São Paulo, a garantir o acesso irrestrito ao aborto legal”.
Decerto que a decisão de Nunes é extremamente reacionária, principalmente quando levado em consideração que o Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha é referência no procedimento. Entretanto, ao invés de convocar uma ampla mobilização em defesa do direito ao aborto, aproveitando, inclusive, o clima criado em decorrência do chamado PL do Estupro, o PSOL prefere apelar para que o Tio Sam “controle a situação”.
Trata-se de uma política pró-imperialista que ignora completamente a força da população para combater os ataques desferidos contra ela própria. Algo mais grave ainda quando se sabe que a OEA já foi responsável por organizar vários golpes de Estado na América Latina.