Se espalhando pelo mundo como um rastilho de pólvora, os multitudinários protestos estudantis que neste momento tomam conta das principais universidades dos Estados Unidos, já se disseminaram pelo mundo, contagiando estudantes universitários em diversos outros países, como no velho continente europeu (França, Inglaterra, etc.) e também na longínqua Austrália, passando antes pelo México e o Canadá.
A luta do povo palestino contra a opressão imposta pelo Estado sionista, intensificada a partir da espetacular ação militar do Hamas no dia 7 de outubro passado, fez despertar o movimento estudantil nos EUA, hibernado por anos de paralisia e prostração.
O drama vivenciado pelos palestinos diante da brutal, violenta e sanguinária ação dos israelenses contra a população civil indefesa de Gaza (não contra os “terroristas” do Hamas), vem fazendo com que haja uma verdadeira insurreição ao redor do mundo, que repudia veementemente a agressão sionista.
Depois dos atos de protestos envolvendo populares, de uma forma geral, nos principais países imperialistas da Europa, entrou em cena os estudantes norte-americanos de mais de 40 instituições universitárias, que exigem a ruptura de relações e acordos com o Estado sionista criminoso, além, obviamente, da cessação dos ataque e bombardeios por parte de Israel, que já vitimaram mais de 35 mil pessoas, em sua maioria mulheres, crianças e idosos, além da destruição de residências, hospitais, escolas, creches, centros comerciais, e de quase toda a infraestrutura básica (energia, combustível, água, etc.) de Gaza.
A indignação e o repúdio mundial contra as atrocidades perpetradas por “Israel” se amplia em todos os quatro cantos do planeta, sendo que neste momento os estudantes compõem o que há de mais progressista na luta em defesa dos palestinos. Nos EUA, o movimento operário se prepara para apoiar e juntar-se à mobilização dos estudantes em defesa da Palestina.
Daí que o movimento tenha se espalhado por outros países, atingindo prestigiadas universidades nos EUA (Columbia, Austin, Los Angeles e outras); França (Sorbonne, Sciences Po); Inglaterra (Londres, Manchester, Bristol, Newcastle, Sheffield, etc.); México (Unam) e Canadá (Toronto, Quebec).
Particularmente nos EUA – onde as mobilizações tiveram início – a disposição de luta demonstrada pela juventude estudantil está fazendo estremecer o país, obrigando o governo do “democrata” Biden e os reacionários congressistas a intervirem com a mais brutal violência (policial) contra a rebelião estudantil norte-americana, inclusive instituindo leis para limitar e criminalizar as mobilizações.
Não terão o efeito desejado, pois as mobilizações se multiplicam dentro e fora dos EUA, impulsionando a luta mundial das massas populares contra o sionismo e seu principal fiador, o imperialismo norte-americano, moribundo e decadente.