As mentiras contadas pela imprensa ligada ao imperialismo sobre o conflito na Faixa de Gaza ficam cada vez mais evidentes. Quem não se lembra de uma farsa que circulou aos quatro cantos do mundo, através dos maiores meios de comunicação do planeta, como aconteceu inclusive no Brasil, de que o Hamas teria decapitado 40 bebês? A mentira era tão cabeluda que até mesmo o exército nazissionista de “Israel”, veio a público falar que não sabia nada desse suposto acontecimento.
No entanto, não é porque algumas montagens e informações falsas são elucidadas e questionadas, que a máquina de propagar mentiras e manipulação de opinião do Estado fictício de “Israel” e os seus aliados imperialistas param de trabalhar. Uma matéria publicada pelo The Grayzone – famoso por desmentir as falsificações do imperialismo contra “inimigos” políticos – trouxe uma nova revelação sobre o modus operandi de “Israel” e seus aliados quando se trata do extermínio dos palestinos.
O Grayzone obteve slides de uma apresentação confidencial do lobby de “Israel” com base em dados do pesquisador republicano Frank Luntz que contêm pontos de discussão para políticos e figuras públicas que procuram justificar o ataque de “Israel” à Faixa de Gaza. O principal alvo, é claro, o Hamas. As reuniões privadas em Nova Iorque, são convocadas pela Federação UJA e pelo Conselho de Relações com a Comunidade Judaica, baseiam-se em dados recolhidos por Luntz, que é um veterano pesquisador e analista republicano
Uma fonte que participou de várias dessas reuniões passou os slides usado durante a apresentação para o Grayzone, mesmo que os participantes foram avisados de que os dados e as apresentações eram estritamente confidenciais.
De acordo com o Grayzone, “as apresentações testadas por Luntz sobre a guerra em Gaza exortam os políticos a evitarem alardear os valores democráticos supostamente partilhados peos EUA com Israel e a concentrarem-se, em vez disso, na utilização da ‘Linguagem da Guerra com o Hamas’. De acordo com este enquadramento, devem utilizar uma linguagem incendiária que pinte o Hamas como uma ‘organização de ódio brutal e selvagem’ que ‘violou mulheres’, ao mesmo tempo que insiste que Israel está envolvido numa ‘guerra pela humanidade’”.

Luntz, ganhou uma pequena fortuna, elaborando argumentos para figuras do Partido Republicano e clientes corporativos manchados por escândalos, sociais, ambientais e políticos. Ainda sobre Luntz, o jornal afirma que ele trabalhou como consultor para o lobby israelense, produzindo um “Dicionário Global de Línguas” para o agora extinto Projeto Israel, após o brutal ataque de 2008-09 a Gaza, conhecido como Operação Chumbo Fundido. No seu manual de propaganda, Luntz aconselhou “os líderes que estão na linha da frente da luta contra a guerra midiática por Israel” a evitarem debates relacionados com a ocupação ilegal da Palestina.
“Evite falar sobre fronteiras em termos pré ou pós-1967”, aconselhou ele, “porque isso só serve para lembrar aos americanos a história militar de Israel. Principalmente na esquerda, isso faz mal.”
As pesquisas e táticas testadas e utilizadas por Luntz, estão novamente nas mãos do lobby sionista para incitar e preparar pautas, jornalistas e discursos contra os palestinos em todo o mundo. Os slides são compactos, autoexplicativos e fáceis de ler. São gráficos, imagens e comparações de que formas devem ser usados certos termos para não provocar ou até mesmo comover certos grupos e atiçar outros, sempre em defesa dos israelenses e demonizando os palestinos.

Como por exemplo, “para promover a demonização dos palestinos, os slides elaborados por Luntz alertam que “a melhor resposta de Israel é a lavagem cerebral dos filhos do Hamas vomitando ódio contra os judeus (ainda mais do que condenando os israelenses) com palavras cujo significado eles não conhecem e nem conseguem pronunciar”.” Aponta o Grayzone. Ou seja, eles tentam emplacar de que o Hamas deixa a sua juventude e crianças palestinas na ignorância, na tentativa de encobrir o extermínio em massa, todos os feridos, a fome e a orfandade.

Sobre as autoridades que devem se pronunciar sobre o tema, Luntz, apresenta termos para não chamar a atenção. Por exemplo, ao “apagamento” da população de Gaza e, em vez disso, defendam “uma abordagem eficiente e eficaz” para eliminar Hamas. Luntz instou defensoras de “Israel” a desviarem-se dos argumentos sobre a ocupação militar israelense do território palestino, utilizando slogans banais como: “Os israelenses têm o direito de se defenderem”. “Isto é sobre israelenses”, declara um slide elaborado por Luntz, “não sobre território”.


Apesar de ser um fato curioso, entender melhor como agem os meios de comunicação ligados ao imperialismo, cada vez mais pessoas estão ficando atentas para as formas e meios utilizados pelas grandes corporações para tentar justificar o injustificável. Porém, ainda é preciso muito trabalho para desmentir e mostrar para toda a população que o que acontece na Faixa de Gaza nesse momento é o mesmo ou pior do que fizeram os nazistas contra os judeus durante o holocausto.






