83% daqueles que responderam a uma consulta pública feita pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro afirmaram que são favoráveis à proibição de celulares durante o horário escolar. Das mais de 10 mil contribuições, 6% foram contrárias e 11% parcialmente favoráveis.
Em agosto do ano passado, a prefeitura carioca proibiu celulares em sala de aula. Agora, com a consulta pública, ela estuda expandir a medida para todos os ambientes escolares, incluindo intervalos entre aulas e recreio.
“São números que mostram o grande interesse por essa discussão e o quanto a sociedade está consciente da importância e urgência que esse problema precisa ser enfrentado”, afirmou Renan Ferreirinha, secretário municipal de educação.
Trata-se de uma medida reacionária de ataque aos direitos da juventude. O próprio fato de que a proibição em questão partiu da prefeitura de Eduardo Paes, um direitista consagrado, já deveria servir de alerta para mostrar que coisa boa não pode ser.
Afinal, os jovens utilizam seus celulares corriqueiramente não só para pesquisar informações que não estão disponíveis em qualquer outro lugar, mas também para atuar politicamente dentro do ambiente escolar.
Se o problema é a falta de atenção ao conteúdo administrado, isso é um problema do sistema educacional que não pode ser resolvido retirando direitos dos jovens. Mas sim, incentivando os estudantes a se envolverem com as aulas.