Nessa sexta-feira (2), a prefeitura do Rio de Janeiro, comandada por Eduardo Paes (PSD), publicou um decreto ampliando a proibição do uso de celulares e dispositivos tecnológicos nas escolas da rede de ensino municipal da cidade.
Agora, além dos celulares estarem proibidos em sala de aula, algo que foi imposto em agosto de 2023, os alunos não poderão utilizá-los nem mesmo durante os intervalos, incluindo o recreio.
Os jovens só poderão usar seus aparelhos no início da primeira aula do dia e após o fim da última aula. Caso tenha autorização expressa do professor, o uso dos telefones também estará liberado para fins pedagógicos.
E qual a pena àqueles que forem pegos desobedecendo às regras estabelecidas? O decreto prevê que, “caso haja o descumprimento das regras estabelecidas neste Decreto, o professor poderá advertir o aluno e/ou cercear o uso dos dispositivos eletrônicos em sala de aula, bem como acionar a equipe gestora da unidade escolar”.
“Os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligados ou em modo silencioso e sem vibração”, afirma a publicação.
Trata-se de uma medida ditatorial contra a juventude carioca. A proibição dos celulares segue o mesmo roteiro da censura que a burguesia quer impor nas redes sociais e na Internet como um todo: cria-se uma histeria (neste caso, como se os celulares fossem responsáveis pela falência do sistema educacional) que justifica medidas repressivas.
Estas medidas, por sua vez, só servem para acabar com os direitos dos jovens, como ficou evidenciado pela medida coercitiva determinada pelo decreto que regulamenta a proibição.