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Greves nas Federais

Professores de novas universidades decretam greve

UFPR e UTFPR param, unindo-se a quase 300 campi de Institutos Federais paralisados em todo o País, que lutam contra o arrocho

Em assembleia realizada nesta terça-feira (9), os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) aprovaram a deflagração de greve a partir do dia 15 de abril. A decisão, tomada por maioria de votos, coloca em suspenso as aulas por tempo indeterminado.

 

As reivindicações da categoria são o reajuste salarial de 22,71% dividido em três parcelas de 7,06%, para repor perdas desde o governo Temer, a reestruturação das carreiras dos docentes, o reforço no orçamento das universidades e a revogação da PEC 32 (Reforma Administrativa). A paralisação dos professores da UFPR e UTFPR se junta a um movimento nacional que já atinge profissionais de quase 300 campi de Institutos Federais (IFs) em todo o país. A reivindicação por melhores condições de trabalho e valorização profissional é unificada entre as categorias.

 

A primeira reunião do Comando de Greve está marcada para o dia 15 de abril, com o objetivo de traçar estratégias para o movimento, cuja mobilização dos alunos e dos professores busca pressionar o governo federal para que as reivindicações da categoria sejam atendidas, assegurando melhores condições de trabalho e ensino de qualidade nas universidades públicas.

 

No ano passado, a Universidade de Brasília (UnB) foi palco de uma greve histórica dos servidores técnico-administrativos. A mobilização, que durou pouco mais de um mês, foi marcada pela radicalização do movimento e culminou em um acordo com a reitoria em 13 de junho. Os motivos eram o teto de gastos que congelou os investimentos em educação e sucateou ainda mais o ensino público, a falta de concursos públicos, o desvio de função de servidores e os ataques do governo federal desde o golpe de 2016 contra o governo eleito da presidenta Dilma Rousseff. A greve da UnB durou pouco tempo, mas foi marcada pela radicalização do movimento.

 

Já nesse ano, os professores da UnB aprovaram em assembleia no dia 21 de março o indicativo de greve para 15 de abril – entrando na mobilização nacional. A reivindicação principal é o reajuste salarial para 2024, considerando a falta de aumento durante os governos Temer e Bolsonaro. A decisão foi tomada em resposta à falta de reajuste no orçamento de 2024 e à precarização das condições de trabalho. Se a greve for deflagrada, as aulas na UnB serão suspensas.

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