No último sábado (31), moradores de diversos bairros de São Paulo ficaram sem energia elétrica. A Avenida Paulista, que é uma das principais da capital e ruas adjacentes, como a Alameda Santos, ficaram completamente sem energia. Os relatos são de que só foi restabelecido o problema horas depois. Parando comércios e todo o setor de transporte da região.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o apagão em São Paulo na tarde de sábado ocorreu após desligamento de todos os equipamentos da subestação Guarulhos, da Eletrobrás. O ONS também disse que está investigando a causa do incidente.
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirma que houve interrupção de carga de cerca de 870 MW hoje, 31/8, às 17h31, após o desligamento de todos os equipamentos da subestação Guarulhos, de propriedade da Eletrobrás”, afirmou o órgão em nota. “O ONS ainda aguarda informações dos agentes para analisar a causa. As equipes do ONS e dos agentes estão dedicadas para a retomada do serviço à sociedade com segurança, no menor tempo possível“, completou.
Houve relatos de queda de energia em várias regiões da cidade, incluindo: Zona Norte: Vila Maria, Vila Guilherme, Vila Gustavo, Jaçanã, Parque Edu Chaves. Zona Leste: Pari, Mooca, Brás, Belém, Tatuapé, Penha, Cangaíba, Itaquera, São Mateus, São Miguel. Centro: Jardins, Centro Histórico e Paraíso. Segundo informações a energia teria sido restabelecida em alguns desses bairros cerca de 2 horas depois.
Essa demora para identificar e corrigir o problema se dá claramente por conta da política privatista de governos direitistas. Neste caso da Eletrobrás, a empresa foi entregue ao capital estrangeiro durante do governo de Bolsonaro. Apesar da venda ter sido feita já no final de seu mandato em 2022, os donos privados da empresa tem pressa para demitir pessoas e sucatear todo o sistema de gerência e manutenção. Afinal ao que interessa esses especuladores são apenas os lucras da Eletrobrás.
Sendo assim a Eletrobras já demitiu 4.000 funcionários e ainda quer demitir mais 1.600 até 2026. Ela contratou cerca de 1.000 profissionais, mas sem experiência. O pessoal que está chegando não tem o conhecimento necessário de uma rede complexa que envolve usinas, linhas de transmissão, sistemas automáticos de proteção, sistemas de controle, supervisão, comandos remotos, etc. O conhecimento de toda essa complexidade do pessoal de operação e manutenção demora anos.
Privatização significa exatamente isso, sucateamento. Não existe uma mínima preocupação desses acionistas estrangeiros com a população, muito pelo contrário o objetivo é simplesmente sugar tudo que a empresa der de lucro sem o absolutamente nada de investimento. A redução de funcionários e a demissão de técnicos qualificados mais caros visando reduzir gastos levam inevitavelmente a esse tipo de falhas.
Portanto, a venda de uma empresa estratégica para qualquer país do planeta (setor elétrico) como essa não apenas um crime contra o povo, mais um ataque direto a soberania e independência do próprio país. Neste caso é preciso uma ampla campanha de rua, contra atitude criminosa do governo anterior, e reivindicar que o atual governo retome a Eletrobrás e devolva para o povo brasileiro.