Os principais sistemas de abastecimento de água no estado do Rio estão em alerta devido à seca. Isso pode afetar o fornecimento para mais de 11 milhões de pessoas em várias cidades. A Cedae orientou a população a economizar água para ajudar a lidar com a escassez. Mas a realidade é que a empresa privatizada não está tomando as medidas necessárias para garantir água ao povo.
Na Região Metropolitana, o Sistema Imunana-Laranjal reduziu sua produção em 10%, e seu reservatório está no nível mais baixo em 22 anos. O sistema atende a cerca de dois milhões de pessoas em municípios como São Gonçalo e Niterói. Além do Imunana, outros sistemas, como Mangaratiba e Macaé, também estão em alerta devido à baixa capacidade de armazenamento.
O Sistema Acari está enfrentando a pior seca dos últimos seis anos, com captação reduzida pela metade. Parte da deficiência está sendo compensada pelo Sistema Guandu, que ainda está com 67,23% da capacidade. O governo implementou medidas emergenciais, como a distribuição de água por carros-pipa e monitoramento dos preços da água.
A seca também afeta o Rio Paraíba do Sul, com o Reservatório do Funil ao nível crítico de 27,84%, o que pode comprometer a geração de energia elétrica. O Ministério Público Federal recomendou uma análise detalhada de projetos relacionados à alteração do fluxo do rio.
O grande problema é que o governo do Estado e a empresa privatizada de água não irão tomar medidas reais para garantir água para a população. Vão culpar a seca e deixar o povo desprovido desse bem básico. O que se deveria fazer numa ocasião dessas é adotar uma política real de emergência para garantir esse bem básico para toda a população.