O Brasil terminou essa sexta-feira, 2 de agosto, na 19ª colocação no quadro de medalhas. Quem ainda lidera é a China, com 13 medalhas de ouro e 31 no total, seguida pela França, com 11 de ouro e 36 no total, e a Austrália, com 11 de ouro e 22 no total. Os Estados Unidos aprecem apenas em quarto lugar, com 9 de ouro e 43 no total.
Ainda que os jogos estejam na metade, a quarta colocação é uma demonstração de crise para os norte-americanos, acostumados a vencerem as Olimpíadas. Vencer os jogos é uma demostração de força e potência e é muito valorizado pelos países imperialistas. Para quem não entende isso, basta conhecer a história dos jogos, principalmente durante a chamada Guerra Fria, quando os Estados Unidos e a União Soviética disputavam a hegemonia.
Não que a União Soviética fosse imperialista, mas vencer a Olimpíada era um problema importante para a afirmação das potências mundiais.
Agora, mesmo com a exclusão totalmente arbitrária da Rússia, os norte-americanos estão sofrendo para liderar o quadro de medalhas e podem ser derrotados pelos chineses.
O Brasil, que, infelizmente, não conta com recursos para competir de igual a igual com as potências, está com sete medalhas no total. O ouro de Beatriz Souza no judô fez o país saltar de posição. Mas antes de falar desse destaque do dia, vamos a um breve resumo dessa sexta:
Vôlei de praia: duplas brasileiras classificadas
A dupla brasileira Carol Solberg e Bárbara Seixas venceu de virada por 2 a 1 as holandesas Katja Stam e Raisa Schoon e se classificou para as oitavas de final.
No masculino, a dupla Evandro e Arthur, invicta, bate tchecos e vai às oitavas.
Mesmo com derrota, brasileiro faz história no tênis de mesa
O brasileiro Hugo Calderano acabou perdendo a semi-final para o sueco Truls Moregard, por 4 sets a 2, com parciais de 12/10, 16/14, 7/11, 11/7, 10/12 e 11/8.
Hugo disputará o bronze com o francês Félix Lebrun, de 17 anos, no domingo (4) às 8h30 (horário de Brasília). A derrota de Hugo foi muito lamentada pelos torcedores brasileiros, já que ele se apresentava como um dos favoritos e vinha fazendo um bom campeonato.
Calderano é o sexto melhor mesa-tenista do mundo e em 2022 chegou a 3º no ranking. Já é o melhor atleta brasileiro de todos os tempos na modalidade. O lamento também se deveu a como veio a derrota. O brasileiro rapidamente abriu vantagem no primeiro set, conquistando seis set points ao abrir 10 a 4. Mas o sueco conseguiu oito pontos seguidos e venceu a primeira etapa. A virada inesperada nitidamente desestabilizou o brasileiro.
Apesar da derrota, Calderano já tem a melhor colocação de um brasileiro na história da modalidade. Se conquistar o bronze, ele entrará para a história olímpica, sendo o primeiro mesa-tenista não-europeu ou asiático a subir no pódio.
O ouro de Beatriz no judô
O destaque do Brasil no dia foi o ouro da paulista Beatriz Souza no judô. Ela venceu a israelense Romane Dick, segunda no ranking mundial.
O judô brasileiro garantiu o primeiro ouro do país, mantendo a tradição brasileira na modalidade. O Brasil foi ao pódio em todas as últimas 11 edições dos Jogos. Desde 1984, o País traz ao menos uma medalha, 27 medalhas na história das Olimpíadas, sendo o quinto melhor país na competição, atrás apenas de Japão, França, Coreia do Sul e Cuba.
Nessas Olimpíadas, o Brasil já ganhou três: além da de Bia Souza, bronze de Larissa Pimenta e a prata de Willian Lima.
A vitória sobre uma israelense foi motivo de comemoração ainda maior. Os brasileiros aproveitaram para troçar com a atleta israelense que, justiça seja feita, nem mesmo deveria estar participando do torneio.