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Crise de 'Israel'

PressTV detalha crise de ‘Israel’ e plano envolvendo o Chipre

A crise econômica de 'Israel' se aprofunda e a burguesia sionista vira seus olhos para o Chipre

A agência de notícias iraniana PressTV publicou na quinta passada (7) uma reportagem detalhando o avanço econômico de “Israel” sobre o Chipre e a crise econômica enfrentado pelo regime sionista. O desenrolar do conflito afundou economicamente o regime israelense. Com a grave crise, a burguesia israelense avança sobre a ilha do Mediterrâneo.

Após mais de um ano de conflito, não é mais possível esconder o colapso da economia israelense. Desde a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, “Israel” enfrenta um aumento no seu déficit público, uma queda vertiginosa no setor de turismo, classificações baixas e um aumento gigantesco dos gastos públicos. Dentre os 38 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), “Israel” teve o menor crescimento econômico, com seu PIB diminuindo de 4,1% no primeiro trimestre de 2024 para 0,7% no segundo trimestre. Ao mesmo tempo, a inflação teve um crescimento de 2,9% para 3,2%.

Desde o 7 de outubro de 2023, “Israel” assistiu a um aumento de 62% da fuga de capital. A diminuição dos investimentos no país é comprovada pela queda do shekel (moeda israelense). Desde a posse do novo gabinete do governo, a moeda caiu 10% em seu valor de mercado. O Investimento Estrangeiro Direto também teve uma grande queda. O CDS – uma espécie de aposta na inadimplência do seu vendedor – de “Israel” quadruplicou desde o início da nova etapa do genocídio em Gaza.

A decadência econômica de “Israel” faz crescer cada vez mais o risco de pobreza, em particular para comunidades de colonos pobres, pois muitas famílias têm dificuldades para pagar dívidas e empréstimos. Com o colapso do exército e a extensão do serviço militar, “Israel” também enfrenta uma crise na oferta de mão de obra.

Paralelamente  à crise econômica, o governo Netanyahu aumentou vertiginosamente seus gastos militares. Anteriormente à operação liderada pelo Hamas, “Israel” tinha um gasto militar mensal de 1,8 milhão de dólares. Após a operação, passou para 4,7 bilhões – um aumento de mais de 160%. Apenas em 2023, os sionistas gastaram mais de 27,5 bilhões de dólares.

O colapso econômico do regime sionista é mascarado pelo apoio norte-americano. Diversos analistas consideram que “Israel” não sobreviveria economicamente sem o apoio e assistência dos Estados Unidos e outros países aliados.

A Universidade Brown publicou um estudo que estimava, de forma conservadora, que os EUA gastaram quase 23 bilhões de dólares em operações militares para apoiar “Israel” desde o 7 de outubro de 2023. Segundo afirmou Dimitri Lascaris, analista e comentador geopolítico da PressTV, “a única coisa que impede a economia israelense de afundar é o apoio econômico dos EUA, assim como a única coisa que impede a economia ucraniana de afundar é o apoio dos EUA”.

73% dos gastos militares de “Israel” com o genocídio em Gaza foram bancados pelos EUA. Mais de 22,76 bilhões de dólares foram enviados pelos americanos desde o 7 de outubro, sendo 17,9 bilhões em assistência militar direta e 4,86 bilhões para operações israelenses regionais.

Para Costa Isihos, ex-vice-ministro da Defesa Nacional da Grécia, “a economia de Israel parece estar em um estado de autodestruição”. Isihos apontou também a contradição dos enormes gastos militares dos sionistas, que utilizam aviões de 120 milhões de dólares, bombas de 1 milhão de dólares, foguetes de 4 milhões de dólares para assassinar pessoas com menos de 1 dólar no bolso.

A profunda crise econômica teve grandes impactos sobre o regime sionista. O número de israelenses fugindo cresceu acentuadamente. Segundo a PressTV, em 2023, 55.300 pessoas fugiram de “Israel” por conta das reformas judiciais do país, 46,4% a mais do que em 2022. Entretanto, a fuga de pessoas da Palestina ocupada desde o 7 de outubro cresceu 285% em comparação a 2022, com mais de 500.000 pessoas deixando do país.

A incapacidade militar do sionismo forçou a população israelense a fugir. “Israel” não consegue avançar profundamente no território libanês, após um mês de batalhas violentas. O máximo que as forças israelenses conseguiram foi chegar a uma vila a 4 quilômetros de sua fronteira. Os mísseis lançados pelo Irã furaram as defesas aéreas israelenses, americanas, inglesas, jordanianas e atingiram a base aérea de Nevatim – a base aérea mais importante de Israel – diversas vezes.

Estes ataques fizeram com que a população israelense acordasse para o fato de que o seu exército é incapaz de defendê-la. Assim, todos que encontram uma maneira de sair do território ocupado o estão fazendo.

O mito da invulnerabilidade militar de Israel explodiu. Foi demonstrado, sem sombra de dúvidas, que o exército israelense não consegue proteger a sua população civil. Após um ano de obliterar Gaza (…) Israel continua com baixas significativas, a resistência continua a lutar em Gaza”, disse Dimitri Lascaris.

A evasão de “Israel” parce ter um destino específico, o Chipre. A ilha mediterrânea assistiu a um boom de investimentos israelenses. Nos últimos meses, surgiram relatos sobre aquisições de dezenas de milhares de acres no Norte do Chipre, sendo estas compras rastreadas a israelenses ou pessoas com descendência judia. Somam-se mais de 35.000 aquisições de terras por pessoas de descendência judia, equivalentes a 2.500 hectares de terra. Para título de comparação, o Norte do Chipre tem uma população de apenas 380.000 habitantes.

O Chipre possui uma divisão interna entre a região Norte e Sul. A região Norte tem uma população étnica turca, sendo autoproclamada independente desde 1974 e denominada de República Turca do Norte de Chipre – sendo reconhecida apenas pela Turquia. A região Sul tem uma população étnica grega e faz parte da União Europeia desde 2004.

Há três grandes empresas de construção por trás disto: Evergreen, Afik Group e Eurocoast Group. Na República Turca do Norte de Chipre, previamente ao boom de investimentos israelenses, novas legislações proibiram a compra de mais de uma propriedade por estrangeiros. Contudo, todas são de israelenses que obtiveram a cidadania cipriota, permitindo que adquirissem um número ilimitado de imóveis e propriedades.

As três empresas estiveram envolvidas em grandes aquisições de terras e projetos de construção, especialmente em áreas de interesse de “Israel” – como na Jordânia, no Iraque, na Síria, no Kuwait, no Egito e na Palestina.

Coincidentemente, todos estes países fazem parte da “‘Israel’ prometida” – plano de expansão dos sionistas no Oriente Médio –, incluindo o Chipre. A onda de investimentos e compra de terras no Chipre indica o país como um possível alvo de uma “nova ‘Israel’” ou um alvo de anexação da já existente ocupação sionista.

Assim como na ocupação da Palestina, grande parte dos sionistas que vão para o Chipre compõe a burguesia israelense e possuem interesse em adquirir terras, propriedades, negócios e controlar o ramo do turismo no Chipre. Segundo Costa Isihos:

O Chipre e seu governo estão seguindo uma política muito perigosa ao aceitar todos esses milhares e milhares de imigrantes economicamente ricos, porque sabemos como os israelenses se comportaram dentro de Israel quando ocuparam nações estrangeiras, terras estrangeiras e casas estrangeiras, como os ocupantes das terras palestinas”.

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