Nessa quinta-feira (2), a governadora do Arizona, nos Estados Unidos, Katie Hobbs, sancionou a revogação de uma lei que, criada em 1864, proíbe a realização do aborto em quase todos os casos, exceto quando “necessário para salvar a vida” da gestante.
“Estou orgulhosa de sancionar este projeto de lei e dar um momento de alívio ao povo do Arizona”, disse Hobbs, do Partido Democrata.
Na última quarta-feira (1º), o Senado do Arizona, nos Estados Unidos, decidiu pela revogação. Conforme noticiamos na semana passada, a Câmara Baixa do estado havia, também, decidido pela revogação da medida por 32 votos favoráveis e 28 contrários.
Apesar das declarações feitas pela governadora, a revogação da medida em questão não ocorreu por uma defesa ideológica ou até mesmo política do direito ao aborto. Finalmente, a população pressionou o estado a reverter a medida, algo facilitado pelo caráter altamente repressivo da lei. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos, como um todo, estão em meio a uma gigantesca crise.
Nesse sentido, a burguesia precisa tentar diminuir ao máximo a revolta da população e, consequentemente, ceder em alguns setores para impedir que a situação atinja proporções quase que pré-revolucionárias.