No domingo (30), o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou um novo gabinete de governo nomeando seu antigo rival político, John Steenhuisen, ex-líder da oposição Aliança Democrática (AD), o partido dos latifundiários brancos, como ministro da agricultura.
Ramaphosa assumiu o cargo em 19 de junho como chefe do Governo de Unidade Nacional (GNU), formado após o Congresso Nacional Africano (CNA) ter perdido sua maioria parlamentar de 30 anos nas eleições de 29 de maio.
Dos 32 ministros nomeados, o ANC manteve um total de 22. Ramaphosa concedeu seis posições ministeriais e o mesmo número de deputados à AD, que terminou em segundo lugar nas eleições de maio. O ANC poderia escolher a esquerda ou o partido do apartheid para governar, escolheram o apartheid.
O AD conseguiu cargos nos ministérios de educação, obras públicas e infraestrutura, silvicultura, pesca e meio ambiente, comunicações e tecnologias digitais e assuntos internos.
“A DA está orgulhosa de enfrentar o desafio e ocupar nosso lugar, pela primeira vez, no governo nacional, onde podemos introduzir nosso histórico de excelência em governança, tolerância zero para a corrupção e formulação de políticas pragmáticas baseadas em resultados e não em intenções”, disse o partido após as nomeações.