Em meio às estripulias do juiz-imperador Alexandre de Moraes contra o X e a Starlink, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, veio a público para defender o seu colega careca.
Em entrevista à emissora CNN Brasil, Barroso declarou que as decisões recentes tomadas por Moraes não são consideradas “personalistas” nem “monocráticas”. Para ele, refletem um sentimento coletivo na Corte de proteção da democracia.
“Há uma institucionalidade por trás do que está sendo feito. Não é um voluntarismo pessoal”, disse o presidente do Supremo.
Ao sair em defesa de Moraes, Barroso está, por exemplo, defendendo a suspensão de uma plataforma como o X, utilizada por 20 milhões de usuários brasileiros. Uma decisão que, em qualquer circustância, seria um atentado contra a liberdade de expressão dos usuários, mas que também é totalmente ilegal no que diz respeito à sua justificativa. O dono do X, Elon Musk, está sendo acusado de violar a soberania nacional por não respeitar a Lei brasileira. O fato, no entanto, é que Musk está sendo punido por não respeitar as decisões de Moraes, que, por sua vez, não se enquadram nos princípios constitucionais.
Barroso também defende aberrações jurídicas como os julgamentos da manifestação bolsonarista de 8 de janeiro, quando alguns milhares invadiram as sedes dos Três Poderes. Em vez de contestar o fato de que Moraes condenou pessoas por mais de uma década por participar de um ato público, Barroso se limitou a dizer que o 8 de janeiro foi um “reflexo do extremismo, da intolerância, da baixa civilidade”.
Se é verdade que o STF “está fechado com Xandão”, isso apenas reforça que a Corte é um problema que precisa ser considerado pela população brasileira, porque existe uma maioria de juízes do STF que são favoráveis a cometer ilegalidades em série: abrir inquéritos ilegais, passar por cima da Constituição, passar por cima da lei etc.
Por outro lado, a necessidade de Barroso vir a público para defender Moraes também revela que há uma preocupação do próprio presidente do STF com uma operação em marcha para liquidar Moraes. Isso fica claro em sua fala sobre um eventual impeachment de Moraes:
“Você tem os 11 jogadores. Evidentemente, a gente tem posições diferentes, cada um tem a sua estratégia. Faz parte do jogo. Mas quando um dos times passa a trabalhar para que puxem jogadores do outro time, você deixou de jogar e não quer deixar que o outro time jogue, portanto. Acho que o impeachment é um elemento não desejável do debate público, que é querer expulsar o jogador do outro time.”