Embora a Croácia seja membro da OTAN desde 2009, o presidente Zoran Milanovic recusou-se a enviar 700 oficiais e soldados croatas para fazerem parte da Assistência de Segurança e Treinamento da OTAN para a Ucrânia (NSATU). Embora Milanovic tenha poderes limitados, em razão do regime semi-parlamentar da Croácia, ele é comandante-chefe das Forças Armadas Croatas.
Milanovic declarou que “seja um soldado ou cem, onde quer que estejam, isso seria um apoio de comando direto a uma parte beligerante que não é membro da OTAN, o que está fora dos limites para os interesses nacionais croatas”, frisando que não permitirá que a Croácia se envolva em uma guerra. Expondo ainda mais a contradição com o imperialismo, afirmou também que “eu respondo somente ao povo da Croácia, não a Washington e Bruxelas”, destacando que a medida está “fora dos limites para os interesses nacionais croatas”.
Diante da decisão do presidente croata, o primeiro-ministro do país, Andrej Plenkovic, político pró-imperialista, difamou Milanovic afirmando que ele e sua administração seriam os “poodles de Putin”, acrescentando que a decisão de não enviar tropas à ditadura de Zelenski, sustentada por milícias nazistas, “seria muito ruim para a democracia croata”.
Diante desta declaração, o deputado Marijan Pavlicek afirmou que Plenkovi “parecia mais o primeiro-ministro da Ucrânia do que da Croácia”.
A situação é mais um exemplo de como a guerra de agressão do imperialismo contra a Rússia, utilizando a Ucrânia como bucha de canhão, torna-se a cada dia mais insustentável, especialmente na Europa.