Há décadas, a maioria da população bauruense vem sofrendo com a política neoliberal, como todo o povo brasileiro. Os serviços públicos básicos são cada vez mais precários, como a insuficiente estrutura de atendimento na área da Saúde, longas esperas nas UBS, rodízios por falta de água, transporte público caro e ineficiente, falta de habitação popular, entre outros problemas.
A situação piorou com o golpe de Estado em 2016, que foi apoiado pelos ex-prefeitos Rodrigo Agostinho (PSB) e Gazzetta (PSD/PSDB/PV) e a atual Suellen Rosim (Patriota e PSD).
Em meio a essa situação, enquanto os setores mais combativos da esquerda lutavam contra o golpe, defendiam a liberdade de Lula e se opunham ao retrocesso das “reformas” contra os trabalhadores, os setores mais oportunistas se juntavam com a direita, capitularam e se recusaram a mobilizar.
Diante dessa situação, os trabalhadores, suas organizações e toda a esquerda precisam ter uma política e uma alternativa próprias.
Em outra direção
Apontando em outra direção, dias atrás, o dirigente do PSB, ministro Márcio França, veio à cidade apresentar a proposta de lançamento de uma “candidatura de oposição” da direita, a da vereadora do União Brasil e empresária da educação Chiara Ranieri, com apoio do PSB, PSDB, REDE e dos ex-prefeitos Agostinho e Gazzetta, tentando atrair setores do PT e da esquerda em geral para essa frente patronal.
Dessa forma, a direita pode disputar as eleições com duas candidaturas, mas com a mesma finalidade: manter a continuidade da política que só atende aos interesses da burguesia.
A posição da esquerda
No campo da esquerda, há, até o momento, três pré-candidaturas: dos companheiros Cláudio Lago, presidente do PT, Marcos Chagas, professor e sindicalista do PSOL, e do presidente municipal do PCO, ex-sindicalista bancário e ex-trabalhador do judiciário, “Paulão”.
Existem pressões da direita para que duas dessas candidaturas não sejam concretizadas. Há setores do PT, juntamente com o PV e o PCdoB, que formam a Federação Brasil da Esperança, e a Rede, que atua na Federação com o PSOL; que são atraídos, por interesses menores, para a política de conciliação e insistem no apoio da direitista Chiara Ranieri.
Diante desse quadro, o PCO entende que os trabalhadores não podem ficar reféns dessa política e dirige-se aos companheiros do PT e do PSOL para propor a formação de uma frente única dos trabalhadores e da esquerda para atuar nas eleições municipais, apresentando um programa de reivindicações populares e de luta contra toda a direita para enfrentá-la – por meio da mobilização popular – na luta para resolver os graves problemas da população trabalhadora da cidade.
Por ser o maior partido da esquerda e ter um pré-candidato que participou da luta dos trabalhadores e contra o golpe em nossa região, entendemos que essa frente deva ser encabeçada pelo companheiro Cláudio do PT e que ela não seja apenas uma frente eleitoral, mas uma frente de luta, de mobilização dos trabalhadores e da juventude e de suas organizações por suas reivindicações.
Bauru, 2 de junho de 2024
Diretório Municipal do PCO