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Guerra na Faixa de Gaza

Por um comitê internacional da verdade sobre o 7 de outubro

A versão de “Israel” sobre os acontecimentos no início da guerra já foi comprovada uma farsa, é preciso desmascarar aquilo que os sionistas usam para justificar o genocídio

No dia 7 de outubro de 2023, o Movimento de Resistência Islâmica, Hamas, realizou uma das operações militares de maior sucesso da história, o Dilúvio de al-Aqsa. O Hamas invadiu o território controlado por “Israel” por terra, ar e mar, atingiu diversos alvos militares e capturou prisioneiros. Além disso, atacou com foguetes diversas regiões de “Israel” e furou o sistema de defesa Domo de Ferro. Os combatentes quase alcançaram o território da Cisjordânia, mas, após três dias, os confrontos dentro do território israelense haviam acabado.

A operação militar do Hamas, no entanto, foi tachada de ato terrorista pelo Estado de “Israel”. Rapidamente se formou a versão do sionismo: os terroristas do Hamas invadiram “Israel” para realizar um massacre, mataram 1.400 pessoas, inclusive 40 bebês decapitados, estupraram diversas mulheres e realizaram todo tipo de barbaridade possível. No próprio dia, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, realizava sua Análise Política da Semana e afirmou: “não acredite em nada do que afirmam os israelenses”.

Agora, quatro meses depois do ocorrido e após uma reunião entre a direção do PCO e a direção do Hamas, surge uma nova proposta: a criação de uma comissão internacional que investigue o que houve no 7 de outubro.

As mentiras comprovadas de “Israel”

Pouco depois do 7 de outubro, investigações independentes de portais como o The Grayzone começaram a desmascarar a farsa do “massacre do Hamas”. Ficou evidente que em ambos os locais onde mais israelenses morreram – a festa de música eletrônica Supernova e o Kibutz Beeri -, não foi o Hamas que realizou o massacre, mas sim o Estado de “Israel”. Na festa, que não estava no plano inicial do Hamas, um helicóptero apache israelense atacou com míssil fogo do inferno (hellfire) tudo que se movia. Por isso é que foram encontrados tantos corpos carbonizados. Já no Kibutz foi dada a ordem de os tanques israelenses bombardearem as casas onde havia combatentes e também prisioneiros israelenses do Hamas.

Nesses dois casos mais importantes, foi mais fácil de descobrir o que aconteceu, as evidências eram muitas. Uma pilha enorme de corpos carbonizados não poderia ter sido feita pelo Hamas, que tem apenas pequenos foguetes. O mesmo vale para enormes explosões nas casas dos Kibutz. Além disso, havia testemunhas vivas, tanto de civis como dos próprios soldados e oficias que participaram da ação militar. A farsa foi tão grande que, em algumas semanas, “Israel” diminuiu o número oficial de mortos de 1.400 para 1.200.

Mas as mentiras foram generalizadas. Algo que foi muito divulgado para difamar o Hamas foram supostos estupros em massa. Até mesmo o New York Times divulgou um artigo sobre os supostos estupros. Da mesma forma, órgãos independente de imprensa como o Eletronic Intifada e o The Grayzone realizaram investigações e descobriram que todas as acusações de estupro em massa, e de qualquer estupro, eram uma farsa. Isso sem falar na história impossível de acreditar dos 40 bebes decapitados, que também foi rapidamente comprovada uma farsa.

Apesar das explicações acerca das mentiras dos sionistas, “Israel” continua, como era de se esperar, caluniando o Hamas. As mentiras dos israelenses e da imprensa burguesa, no geral, são consequentemente utilizadas pelos países imperialistas como justificativa para, por exemplo, sancionar o Hamas e seus combatentes.

Por isso, uma investigação feita por partes que não estão envolvidas no conflito seria de grande importância para mostrar ao mundo o que de fato aconteceu no dia 7 de outubro. Assim, seria possível tirar a limpo a história israelense e desmascarar, de uma vez por todas, as mentiras do sionismo. Mas há um grande entrave para que esse tipo de investigação seja feita: o Estado de “Israel”.

O Hamas quer mostrar a verdade, “Israel” escondê-la

Uma das colocações mais interessantes feita pelo Hamas à direção do PCO em sua reunião no Catar, conforme noticiando por Rui Pimenta em seu programa, foi justamente sobre as investigações do 7 de outubro. O partido palestino afirmou que diversas vezes entrou em contato com representantes israelenses mostrando interesse em realizar a investigação. Eles chegaram a afirmar que se houvesse provas de crimes como estupro de mulheres israelenses, o próprio Hamas tomaria providências para reprimir os combatentes das Brigadas al-Qassam envolvidos. No entanto, “Israel” sempre respondeu com uma negativa.

Com as informações que já foram divulgadas pela imprensa independente, é fácil compreender o motivo. Pelo que se sabe até o momento, conforme foi visto acima, o massacre do 7 de outubro foi um produto das ações de “Israel”, e não do Hamas. Pelas ações do Hamas, apenas soldados e outras forças de segurança de “Israel” seriam abatidos, os civis seriam feitos de prisioneiros.

Ficou demonstrado também na primeira libertação de prisioneiros que eles foram muito bem tratados. Um relatório divulgado em fevereiro também demonstrou que um dos objetivos da operação era a tomada de um presídio para que todos os palestinos fossem libertos. Ou seja, era uma operação militar ao estilo mais humanitário possível, sem nenhum tipo de massacre.

Mas então, no meio da operação, chegou o Estado de “Israel” e realizou o massacre. E pior, em grande parte com as suas próprias armas. Uma investigação bem feita descobriria quantos cidadãos israelenses o próprio exército sionista matou. Ou seja, um desastre completo para o governo Netaniahu. Muitas informações já estão sigilosas para que a realidade não seja divulgada.

Uma proposta ao governo Lula

O Brasil pode ter um papel de grande importância nessa investigação, bem como em toda a diplomacia envolvendo a guerra na Palestina. A declaração do presidente Lula, comprando “Israel” ao nazismo, foi muito positiva, ela polarizou muito a situação política e acabou com a imagem do Estado de “Israel” criada pela imprensa imperialista. E o governo Lula pode fazer muito mais. Basta lembrar o caso da guerra na Ucrânia, quando Lula iniciou um processo para criar um “clube da paz” para tentar encontra um desfecho para a guerra. Em relação a “Israel”, isso é ainda mais fácil, pois praticamente não existe disputa acerca do fato de que a Palestina é a vítima, e “Israel”, o agressor.

A comissão para descobrir a verdade sobre o 7 de outubro, liderada pelo Brasil e apoiada, por exemplo, por países da América do Sul como a Bolívia, a Colômbia e a Venezuela, seria um importante passo nessa direção. Seria um apoio à luta dos palestinos visto que é a própria posição do Hamas e uma desmoralização do Estado de “Israel”. Netaniahu teria de negar, e se desmoralizar, ou aceitar e ser desmascarado. Ao mesmo tempo, o governo do PT só teria a ganhar com isso.

A verdade é que defesa da Palestina não só é uma obrigação do governo, que não está sendo cumprida a altura necessária, mas seria uma das políticas que mais fortaleceria o próprio governo e, portanto, a luta dos trabalhadores. Ainda há tempo para o presidente Lula radicalizar suas ações. O ato de Bolsonaro na Avenida Paulista mostra que isso é uma necessidade urgente.

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